Mais três novas perguntas(agora já são nove) sobre a valorização das regionais

16 Comentários para Mais três novas perguntas(agora já são nove) sobre a valorização das regionais

  1. XXXXXXXXX disse:

    Eu acho que as regionais devem ser valorizadas se realmente fizer sentido ter coisas la…caso nao, é melhor centralizar em BSB e SP mesmo. É melhor para o banco e é melhor para o país.

    Um problema muito maior é o aproveitamento da mão de obra em Brasilia. Contratam analistas caros para não ficarem fazendo nada ou fazerem trabalho que qualquer pessoa sem qualificação faria. Fazem um mega concurso e quando os concursados novos chegam os deixam abandonados, aumentando a sua desmotivação e o inchaço no banco. É realmente preocupante, pelo que eu escuto e vejo, a quantidade de pessoas improdutivas. Esse ambiente de improdutividade contamina o ambiente, fazendo que o Banco Central realmente não seja um orgão de excelencia como todos nós gostamos de alardear por ai. De repente esse é um mal do serviço público como um todo, mas acho que vale a pena o comentário.

    • José Vieira Leite disse:

      O colega optou por não se identificar.

      Agradecemos seu Comentário, que será incorporado a material de trabalho a ser submetido à consideração da AND.

      Contamos com a manutenção de sua participação.

      Com nossas saudações sindicais e um abraço,

      Coordenação do tema Valorização das Regionais da XXV AND do Sinal.

  2. Fabio Faiad disse:

    1 – Você considera o seu trabalho adequado, levada em conta a sua qualificação para realizá-lo?

    O meu trabalho ordinário não é adequado, pois possuo qualificação e potencial para coisas bem mais elaboradas. Agora, acho que há setores do BCB (a minha gerência é um deles) que permite aos servidores que busquem outras atividades importantes ao próprio Departamento, além das tarefas rotineiras. Hoje posso ajudar nas áreas de treinamento e organização de eventos, entre outras atividades do meu setor. Para estes trabalhos, minha qualificação é melhor aproveitada.

    2 – Você se sente motivado para realizar o trabalho que lhe é atribuído?

    Para apenas as tarefas rotineiras, não. Por isso busco atuar com outras coisas, pois, se eu ficasse apenas com as atividades de rotina, estaria muito desmotivado. Para evitar tal desmotivação, procurei apresentar ideias e projetos para outras atividades importantes do Departamento. Como consegui espaço para avançar, tento buscar através dessas novas atividades a minha motivação.

    3 – Você acha que o BCB adota práticas que incentivam a participação ativa dos servidores lotados nas Regionais em todas as esferas das atividades de trabalho, inclusive as de formulação?

    Não. Entendo que o “sedismo” e a concentração em Brasília ainda são marcas culturais fortes em nossa Instituição. A participação dos servidores lotados em Regionais em atividades estratégicas só acontecerá se tais servidores lutarem com intensidade por esse espaço.

    • José Vieira Leite disse:

      Prezado Fábio,

      Bom dia.

      Agradecemos seu Comentário, que será incorporado a material de trabalho a ser submetido à consideração da AND.

      Contamos com a manutenção de sua participação.

      Com nossas saudações sindicais e um abraço,

      Coordenação do tema Valorização das Regionais da XXV AND do Sinal.

  3. Fabio Faiad disse:

    4 – Você acha que a presença do BCB no território nacional reconhece a imensa diversidade de vocações econômico-financeiras, identidades culturais e realidades sociais do Brasil? Por que?

    Não. Acho o BCB muito concentrado em Brasília e excessivamente focado em estabilidade da moeda e do sistema bancário. Tal estabilidade é muito importante, mas há outras questões e realidades de todas as regiões do Brasil que estão sendo negligenciadas. Áreas como microfinanças, cooperativismo e moedas sociais, além de outras, devem merecer maior atenção do BCB.

    5 – Você acha que está em curso um processo de desmonte das Regionais do BCB? Por que?

    Não. Houve, para mim, um processo de desmonte em 1997/1998. Hoje, o que há, em meu entender, é a falta de consciência e de atuação no sentido de uma maior participação das Regionais.

    6 – Se sim, por favor indique algumas possibilidades concretas de combate a tal processo.

    Ainda que eu não veja um processo de desmonte em curso, sugiro duas formas de atuarmos em prol da valorização das Regionais: [1] um trabalho de convencimento dos servidores da Regionais no sentido de eles cobrarem permanentemente da Sede maior espaço de atuação; [2] a elaboração de uma proposta da AND 2012 a ser encaminhada à Diretoria do BCB no sentido de ampliarmos a descentralização da nossa Autarquia (por exemplo, que tal propormos à Diretoria do BCB que, até 2016, cada Regional seja a sede de pelo menos um Departamento?).

    • José Vieira Leite disse:

      Prezado Fabio,

      Bom dia.

      Agradecemos seu Comentário, que será incorporado a material de trabalho a ser submetido à consideração da AND.

      Contamos com a manutenção de sua participação.

      Com nossas saudações sindicais e um abraço,

      Coordenação do tema Valorização das Regionais da XXV AND do Sinal.

  4. Fabio Faiad disse:

    7. Você acha que o tema da presença do BCB regionalmente no território nacional guarda alguma relação com o Artigo 192 da Constituição Federal? Em que sentido?

    Sim e não. É claro que o modelo de sistema financeiro nacional previsto no art. 192 influencia a estrutura de atuação atual do BCB, mas, mesmo sem alteração constitucional, nossa Autarquia tem como avançar na descentralização, na valorização das Regionais e na ampliação do seu escopo de atuação (dentro das leis e normas vigentes).

    8. Você sabia que o Sinal já dispõe de um conjunto importante de reflexões acumuladas acerca desse assunto, contidas na proposta Artigo 192 da Constituição Federal – SFN Cidadão?

    Sim.

    9. Você acha que o BCB valoriza mais o seu papel de agente centrado no funcionamento do sistema financeiro, em detrimento das suas responsabilidades como agente a serviço dos interesses do Estado? Por quê?

    Sim, e isso está bem claro na própria missão do BCB: “Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente”. E a inclusão financeira de todos os cidadãos hoje não assistidos? E a maior descentralização da atuação do BCB? E a maior desconcentração bancária (basta o sistema bancário ser eficiente, mesmo sendo oligopolista)?

    Para mim, atuamos hoje com eficácia no sentido de buscar estabilidade e eficiência do SFN. Mas o BCB precisa ir além do conservadorismo atual, incorporando novas questões como as que citei acima. Acho que o SFN não deve ser apenas “eficiente”, mas também justo e inclusivo.

    • José Vieira Leite disse:

      Prezado Fábio,

      Bom dia.

      Agradecemos seu Comentário, que será incorporado a material de trabalho a ser submetido à consideração da AND.

      Contamos com a manutenção de sua participação.

      Com nossas saudações sindicais e um abraço,

      Coordenação do tema Valorização das Regionais da XXV AND do Sinal.

  5. José Manoel Rocha Bernardo disse:

    7. Você acha que o tema da presença do BCB regionalmente no território nacional guarda alguma relação com o Artigo 192 da Constituição Federal? Em que sentido?
    Toda. No sentido de que a Constituição prevê o desenvolvimento equilibrado de todo o País e o Banco Central precisa estar presente em todas as regiões para dosar as ações do sistema financeiro de forma a alcançar esse equilíbrio.

    8. Você sabia que o Sinal já dispõe de um conjunto importante de reflexões acumuladas acerca desse assunto, contidas na proposta Artigo 192 da Constituição Federal – SFN Cidadão?
    Sem dúvida. O Grupo de Trabalho Nacional criado pelo Projeto 192 do Sinal percorreu o Congresso Nacional, todas as regionais e muitas unidades do Banco Central, vários sindicatos, centrais sindicais e outras instituições representativas; promoveu seminários, mesas redondas, oficinas e encontros com a comunidade tendo ouvido centenas de pessoas especializadas no assunto. Dessa forma, acumulou acervo e conhecimento suficiente para levar aos deputados e senadores as respostas necessárias para as perguntas: o que é desenvolvimento equilibrado? Quais são os interesses da coletividade?

    9.Você acha que o BCB valoriza mais o seu papel de agente centrado no funcionamento do sistema financeiro, em detrimento das suas responsabilidades como agente a serviço dos interesses do Estado? Por quê?
    Sem dúvida! Na realidade nem é no funcionamento do sistema financeiro, mas em sua solidez que o Banco Central centra suas ações. Não que isto esteja errado. A missão do Banco Central está correta, mas incompleta. Falta justamente a parte que se refere à sua ação de instituição do Estado: promover o desenvolvimento equilibrado. Assim, nossa sugestão para a missão do Banco Central do Brasil seria: “Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente, de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a servir aos interesses da coletividade”.

    • José Vieira Leite disse:

      Prezado José Manoel,

      Bom dia.

      Agradecemos seu Comentário, que será incorporado a material de trabalho a ser submetido à consideração da AND.

      Contamos com a manutenção de sua participação.

      Com nossas saudações sindicais e um abraço,

      Coordenação do tema Valorização das Regionais da XXV AND do Sinal.

  6. juarez bourbon vilaça disse:

    5 – Você acha que está em curso um processo de desmonte das Regionais do BCB? Por que?
    Sim. O processo existe mas é espontâneo. Não há um propósito de fazer isso apenas por fazer. O que acontece é que no serviço público o gerenciamento humano é muito complicado, aliás, tudo é muito complicado, compras, contratações, etc. Acontece que os chefes no Banco Central são muito intelectuais e pouco gerenciais. Os funcionários, em qualquer empresa, não são receptivos a ordens de trabalho, no serviço público isso é muito pior. Dessa forma, nunca o número de funcionários é suficiente para atender às unidades e continuamente seus chefes ficam forçando a barra para trazer novos funcionários e as regionais são as mais prejudicadas, inclusive com extinção de serviços importantes.
    6 – Se sim, por favor indique algumas possibilidades concretas de combate a tal processo.
    Existem serviços que não só são necessários, mas imprescindíveis e que deveriam existir em todos os lugares do Brasil.
    Por exemplo:
    a) Áreas como microfinanças, cooperativismo e moedas sociais, devem merecer maior atenção do BCB, como bem lembra Fabio Faiad em sua resposta no blog. Acontece que essa necessidade é em todo o Brasil e nos mais recondidos lugares. Teria que haver um núcleo de serviço em cada Capital do País para acompanhar o desenvolvimento dessas pequenas instituições financeiras
    b) Os serviços do meio circulantes estão sendo extintos em todo o Brasil, a destruição de cédulas imprestáveis não pode ser feita por empresas privadas, o risco é enorme. Esses serviços teriam que ser feitos, também em cada capital, evitando os gastos com a segurança e o transporte desse dinheiro imprestável para destruição em outras regionais.
    c) A fiscalização dos serviços prestados pela rede bancária ao público deveria ter um acompanhamento de perto, nas agências. Não adianta haver reunião com as Diretorias dos Bancos em São Paulo se os Gerentes locais tem autonomia de fazer o que quizerem para cumprir suas cotas de arrecadação de tarifas, legais e ilegais. Esse serviço precisaria de um núcleo descentralizado em cada capital.

    • José Vieira Leite disse:

      Prezado Juarez,

      Bom dia.

      Agradecemos seu Comentário, que será incorporado a material de trabalho a ser submetido à consideração da AND.

      Contamos com a manutenção de sua participação.

      Com nossas saudações sindicais e um abraço,

      Coordenação do tema Valorização das Regionais da XXV AND do Sinal.

  7. Adriane Morais disse:

    1 – Você considera o seu trabalho adequado, levada em conta a sua qualificação para realizá-lo?
    Sim, em alguns momentos. Trabalho com inspeção no Desuc/GTNOR/COSUP-3 e o conteúdo de minhas atribuições me provocam raciocínios. Não me sinto robotizada, um sentimento que, infelizmente, está instalado em vários bacenianos.

    Nos demais momentos, sinto que as minhas atividades, apesar de encarar a importância, não sei se são importantes para o Bacen como um todo. Às vezes tenho a impressão de que o que faço é apenas um faz-de-conta para o Banco Central do Brasil. Faço parte de uma regional pequena, Recife, ligada a uma gerência do norte e nordeste, da qual, além de Recife, também a integram: Fortaleza, Belém e Salvador. Apenas uma comissão de gerente técnico foi mantida. As demais comissões de gerência foram retiradas e realocadas em Brasília. Sobre a eficiência de tal decisão, claro que não há. Atualmente estamos com mais um nível hierárquico e mais distantes das comunicações e decisões. Apenas um gerente técnico de uma das regionais, a que manteve a gerência, Salvador, e aqui não me refiro à capacidade de nenhum colega, não é esse meu foco e nem meu interesse, mas a absorção de atribuições e um desenho para regiões em que a presença do Bacen está reduzida assim como a preocupação com o risco de imagem, atuações equivocadas, dentre outros, que tal organograma pode causar em prol de interesses locais.

    2 – Você se sente motivado para realizar o trabalho que lhe é atribuído?
    Como destacado na questão 1, pertenço a uma região que ainda é bem carente em relação ao cooperativismo. Fazer parte de certo fomento me anima, pois trabalho na inspeção de cooperativas, entretanto tal empolgação não se sustenta no desenho e decisões centralizadas. Tenho a certeza de que estamos numa perigosa contramão do que os cidadãos brasileiros esperam e exigem do Estado, no que se refere a gestão pública descentralizada e participativa. Acho que o Bacen precisa acordar para um processo de ruptura com o poder autoritário e centralizado pertencente à época do regime militar.

    3 – Você acha que o BCB adota práticas que incentivam a participação ativa dos servidores lotados nas Regionais em todas as esferas das atividades de trabalho, inclusive as de formulação?
    Claro que não, portanto, várias decisões não representam a resposta para vários integrantes de regiões não enxergadas em tais raciocínios, pois distantes da realidade; desconhecedores permanentes dos reais problemas; cegos (???) para as possíveis consequências. As disparidades entre a sede e as regionais envolvem aspectos que desafiam sua permanência, no entanto, mágicos poderes na contramão do que se espera de certa ampliação democrática do órgão estatal baceniano, haja vista as matérias de interesse público envolvida, seguem dominando e rasgando direitos constitucionais; administrativo; trabalhista etc. Ah! Não podemos esquecer, também, as assimetrias entre as regionais. As grandes em relação às pequenas; presenças de alguns diretores/diretoras atuando como defensores/defensoras de suas respectivas regionais, e daí não há alguma lógica de boa prática administrativa ou eficácia ou eficiência no que se refere à atuação do Banco Central no Brasil que possa combater, pelo menos que eu enxergue, algumas truncadas decisões.

    4 – Você acha que a presença do BCB no território nacional reconhece a imensa diversidade de vocações econômico-financeiras, identidades culturais e realidades sociais do Brasil? Por que?
    A resposta é composta pelos conteúdos das questões 1, 2 e 3.

    5 – Você acha que está em curso um processo de desmonte das Regionais do BCB? Por que?
    Não quero crer nisso. Acho que são equivocadas decisões que estão sendo levadas adiante sem manifestação de quem deve fazê-las. Um sem número de funcis, acredito, encontram-se desestimulados para reclamar; uns não acreditam em mudanças; outros estão acomodados com o clima de revolta permanente; outros se divertem com o caos; alguns demais apostam num certo alguém para fazer a diferença; outros tentam fazer a diferença, mas são abafados; o sindicato não estimula a oxigenação em sua composição; e daí seguimos carregando nossos eternos conflitos.

    6 – Se sim, por favor indique algumas possibilidades concretas de combate a tal processo.
    Já que cheguei ao final, e sem concluir, gostaria de evidenciar que não concordo com a limitação do tópico VALORIZAÇÃO DAS REGIONAIS ao tópico QVT. Enxergo, claro, que há questões a serem tratadas no tópico VALORIZAÇÃO DAS REGIONAIS que envolvem a qualidade de vida no trabalho, mas daí resumir um tema tão complexo ao que está sendo definido como QVT, associando-o apenas a melhores condições de trabalho, é decepcionante. Em Recife, recebemos a presença do diretor de administração, Altamir Lopes, que questionado acerca do que além de melhores condições de trabalho (elevadores, sala para atividades físicas; lanchonete; melhores salas para treinamento etc) há de planejamento para as regionais. Não houve resposta. Portanto, não há nada de concreto ou planejado acerca do que realmente esperamos por VALORIZAÇÃO DAS REGIONAIS:
    - não se fala em rever critérios (?) para comissionamentos;
    - uma vez comissionado sempre comissionado;
    - o Bacen não conhece o seu servidor (perfil/capacidade/habilidade);
    - concurso regionalizado;
    - treinamento que atenda de forma igualitária a todos os funcis das respectivas áreas, independentemente da região;
    - disseminação de conhecimento;
    - critérios transparentes para cursos/treinamentos no exterior;
    - otimização da comunicação dentre as diversas áreas do Bacen;
    - otimização da comunicação entre a sede e as regionais;
    - decisões descentralizadas, haja vista as peculiaridades de cada região onde o Bacen está atuando; e
    - ênfase na regulamentação do art. 192 da CF.

    E na oportunidade, repito o texto que encaminhei quando da abertura do debate:
    Uma forma de encarar a complexidade de problemas que envolvem as regionais é enxergar os seus esfacelamentos. Comissões são retiradas sem uma explicação lógica e de boa prática administrativa. Departamentos centralizam seus procedimentos em algumas regiões, descaracterizando a razão para permanecerem no faz de conta em outras, nos caso das atividades descentralizadas. Siglas e mais siglas para departamentos são criadas e recriadas. Mas a grande questão é: há alguma preocupação com eficiência ao se iniciar/executar tais raciocínios/decisões? Aqui, gostaria, por exemplo, de possuir dados estatísticos, envolvendo, digamos, um período de 10 (dez) anos, para visualizar por departamento, quantitativo de pessoal (analistas e técnicos), atividades e comissões, individualizados por sede e regionais. Em consequência, acredito que os números, já que na prática a desorganização da atuação do Banco Central do Brasil como um todo não está recebendo a atenção que demanda, poderiam agregar argumentos para uma mudança URGENTE, incorporando-se tal aspecto na discussão pela Regulamentação do Artigo 192 da Constituição Federal.
    As assimetrias de atuação/importância se acentuam constantemente, e a tal centralização de atividades segue rasgando princípios constitucionais e de direito administrativo em prol da gestão de interesses locais. Daí, o risco de se ter marcada uma presença do Banco Central do Brasil como inadequada não se tem como relevante.

    A atuação do Sinal em tal questão se torna mais do que necessária, se possível com a criação, por exemplo, de uma diretoria para tal fim: VALORIZAÇÃO DAS REGIONAIS. É uma excelente ideia que surgiu por aqui e que defenderemos.

    • José Vieira Leite disse:

      Prezada Adriane,

      Bom dia.

      Agradecemos seu Comentário, que será incorporado a material de trabalho a ser submetido à consideração da AND.

      Contamos com a manutenção de sua participação.

      Com nossas saudações sindicais e um abraço,

      Coordenação do tema Valorização das Regionais da XXV AND do Sinal.

  8. xxxx disse:

    1 – Você considera o seu trabalho adequado, levada em conta a sua qualificação para realizá-lo?

    Sim. Tenho pouco tempo de banco, mas noto que a grande maioria das tarefas disponíveis são muito específicas (atividades que somente são executadas aqui no banco) e não requerem conhecimento prévio muito aprofundado. Assim, não há muito como fugir dessa realidade, de que haverá sempre um certo distanciamento entre o trabalho que executamos e a qualificação que temos para realizá-lo, seja nos departamentos ditos “mais nobres”, seja nos ditos “menos nobres”.

    2 – Você se sente motivado para realizar o trabalho que lhe é atribuído?

    Sim. Mas a motivação vem, na prática, pelo fato de eu estar almejando os benefícios de uma carreira de servidor público. Não criei expectativas irreais sobre o que seria o trabalho aqui no banco, como ocorre com diversos novatos.

    3 – Você acha que o BCB adota práticas que incentivam a participação ativa dos servidores lotados nas Regionais em todas as esferas das atividades de trabalho, inclusive as de formulação?

    Não. Estou lotado em Brasília, mas quero a mobilidade para Belo Horizonte. Não vivenciei a realidade das regionais. Mas é nítido que o poder está excessivamente concentrado em Brasília, o que, apesar da previsão legal de sede e foro na capital federal, é, na prática, um contra-senso, pois o sistema financeiro não está aqui e há considerável pulverização dos usuários deste sistema por todo o território nacional.

    4 – Você acha que a presença do BCB no território nacional reconhece a imensa diversidade de vocações econômico-financeiras, identidades culturais e realidades sociais do Brasil? Por que?

    Não. O que o banco faz é muito específico e técnico, com pouca visibilidade e resultados pouco palpáveis para a imensa maioria da sociedade. Para alguns formadores de opinião e para nós, servidores, faz um trabalho “com excelência”, mas a concentração excessiva de atividades em Brasília dificulta ter maior proximidade com a realidade da sociedade brasileira. O aumento dessa concentração, observado nos últimos anos, agravou ainda mais esta sensação de distanciamento.

    5 – Você acha que está em curso um processo de desmonte das Regionais do BCB? Por que?

    Sim. Totalmente. É praticamente nula a iniciativa/interesse do banco em alocar força de trabalho nas regionais, de forma racional e visando a maior produtividade; mais fácil para o departamento de “Gestão de Pessoas” (as aspas não são por acaso) acomodar os servidores na sede, atendendo à vontade das chefias, que não enxergam a irracionalidade de o banco ter suas atividades excessivamente concentradas em Brasília.

    No caso de Belo Horizonte, que acompanho, foram cerca de 70 aposentadorias desde 2009, tendo sido repostos, via mobilidade, no máximo 10 vagas. Concluo que: ou 1) há naquela regional nítida deficiência de pessoal e risco para o banco e para a sociedade (tarefas que deixam de ser realizadas no prazo); ou 2) até 2009 o banco onerava a sociedade brasileira com elevada ineficiência (se as 60 vagas não repostas não fazem falta, porque existiam?).

    6 – Se sim, por favor indique algumas possibilidades concretas de combate a tal processo.

    A efetiva regulamentação do art. 192 da Constituição, trabalho coordenado pelo Sinal e que eu não conhecia, é o caminho. É nessa regulamentação que devem ser previstas novas atividades que permitam ao banco atender aos requisitos constitucionais e que, com certeza, trará a necessidade de maior presença regional. Contra isso não haverá “preconceito das atuais chefias” com relação ao trabalho das regionais, o que hoje notamos mesmo tendo pouco tempo de banco e é confirmado, inclusive, por integrantes da alta direção do “Departamento de Gestão de Pessoas” (é sempre bom reforçar as aspas) . Será a lei.

    O Sinal poderia liderar um processo de discussão interna com a direção do banco, mostrando que a valorização das regionais não deve ser promovida apenas com o enfoque da “Qualidade de Vida no Trabalho”. Deve ser mostrada a racionalidade desse processo. Em primeiro lugar, tendo em vista a necessidade de estarmos mais próximos da realidade da sociedade brasileira, que passa longe do que ocorre em Brasília. Em segundo lugar, porque a localidade em que é executada não é pré-requisito para a grande maioria das tarefas desempenhadas na esmagadora maioria dos departamentos. O uso de processos de trabalho (PT)/dossiês, movimentados via malote/sistemas, bem como o acesso ao Sisbacen e demais sistemas/tecnologias em qualquer ponto do país permitem, facilmente, uma maior regionalização das atividades do banco.

    Por último, o banco concorre com outras empresas/instituições públicas na atração de pessoas qualificadas, que estão em todo o País, e não apenas em Brasília. Entendo que para os que vieram para cá nas décadas de 70/80, e que construíram portentosos patrimônios, a despeito do alardeado histórico de baixos salários, é difícil compreender a vontade de algum servidor novato de querer trabalhar nas regionais. Mas o custo de oportunidade de se trocar diversas cidades nas quais o banco tem regionais por Brasília, hoje, é elevadíssimo, e tende a ficar maior. Assim, a política de valorização das regionais seria importante benefício indireto a ser oferecido para os servidores (atuais e, principalmente, os novos).

    Assim, um efetivo processo de mobilidade não deve ser conduzido para atender ao “choro de servidores que não querem vestir a camisa”, como já pudemos ler/ouvir em declarações de integrantes da alta direção do “Departamento de Gestão de Pessoas” (é sempre bom reforçar as aspas). De outro lado, deve ser estruturado para aqueles que têm interesse em vestir a camisa com maior vigor ainda. Deve ser assunto tratado como um dos de maior interesse da instituição, caso o banco de fato esteja preocupado com maior produtividade da força de trabalho, num cenário de contingente mais enxuto.

    Me pergunto: será que de fato a demanda por mobilidade é um “problema” tão difícil de ser resolvido? Tenho uma estimativa, de que esse contingente hoje seja inferior a 5% da força de trabalho do banco e, portanto, se confirmada, indicaria que não estamos falando de um “problema” tão difícil de ser resolvido. Esse contingente poderia ser facilmente movido, com um pouco de boa vontade da instituição em termos de readequação de processos/responsabilidades entre sede e regionais. Sabemos que em algumas regionais há vagas que não aparecem nas mobilidades pré-concurso devido à política de privilegiar a sede, devido ao alardeado “risco de RH” trazido pelas aposentadorias. No entanto, se confirmada a expectativa anterior, não seria a remoção dos potenciais interessados um agravante desse risco. Ainda mais se pensarmos que, facilmente, pode haver, com inteligência e planejamento, uma maior transferência de atividades da sede para as regionais.

    7. Você acha que o tema da presença do BCB regionalmente no território nacional guarda alguma relação com o Artigo 192 da Constituição Federal? Em que sentido?

    Sim. Não há como negar: “Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.”

    8. Você sabia que o Sinal já dispõe de um conjunto importante de reflexões acumuladas acerca desse assunto, contidas na proposta Artigo 192 da Constituição Federal – SFN Cidadão?

    Não sabia. Muito interessante a proposta e os materiais produzidos e disponibilizados no site. Vou acompanhar e participar a partir de agora.

    9.Você acha que o BCB valoriza mais o seu papel de agente centrado no funcionamento do sistema financeiro, em detrimento das suas responsabilidades como agente a serviço dos interesses do Estado? Por quê?

    Sim. Acredito que seja, principalmente, por uma visão histórica e fruto do debate clássico sobre o papel dos bancos centrais. Penso que, antes de tudo, vem a atribuição legal. A regulamentação mais efetiva do art. 192 abrirá caminho para uma mudança dessa visão histórica. Há muito a ser feito em nosso País, principalmente fora de Brasília.

    • José Vieira Leite disse:

      O colega optou por não se identificar.

      Bom dia.

      Agradecemos seu Comentário, que será incorporado a material de trabalho a ser submetido à consideração da AND.

      Contamos com a manutenção de sua participação.

      Com nossas saudações sindicais e um abraço,

      Coordenação do tema Valorização das Regionais da XXV AND do Sinal.

Powered by WordPress | Designed by: Email Search