No país das Olimpíadas, servidores públicos federais, estaduais e municipais têm enfrentado verdadeira maratona em defesa da manutenção de garantias históricas. O chamamento à luta contra a escalada de restrições a direitos previdenciários foi feito, oficialmente, no último dia 31 de maio, com o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social. 

 

A largada, com audiências públicas pelo território nacional, já foi dada e a caravana deve percorrer todas as regiões, conscientizando a população da falácia do déficit previdenciário e desconstruindo o argumento daqueles que pretendem impor ajustes, em detrimento da classe trabalhadora.

 

Convocação endossada pelo presidente do Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas (Mosap), Edison Haubert. Em entrevista à Sinal Plural, o dirigente fala sobre a importância da categoria para a continuidade das mobilizações, entre outras demandas, pela PEC 555/2006, que extingue, gradativamente, a contribuição previdenciária de aposentados e pensionistas.

 

Integrado às diversas modalidades na arena do funcionalismo público, o Sinal projeta o futuro sem perder de vista princípios que fizeram parte de seus alicerces, sedimentados ao longo das décadas. A obra literária “Um Sinal na História” narra a trajetória de movimentos organizados de servidores do Banco Central do Brasil nos anos anteriores à fundação do Sindicato.  Este é o primeiro volume da série de relatos sobre a memória sindical.

 

De olho no legado para os anos seguintes, vem aí a 27ª edição da Assembleia Nacional Deliberativa (AND), em novembro. Sob o mote “Banco Central: órgão de Estado a serviço da Sociedade”, filiados estabelecerão, em sua instância superior, os rumos da atuação do Sinal para o próximo biênio. O evento, que terá como palco Fortaleza, debaterá a valorização do corpo funcional e medidas necessárias para que o BCB atenda, de maneira plena, as demandas do povo brasileiro, passo imprescindível no caminho que leva a um Sistema Financeiro Cidadão, conforme impõe o artigo 192 da CF 88.

 

Formas de mobilização, unidade das carreiras que compõem a Casa e ampliação da participação dos filiados também permearão a agenda de debates na capital cearense.

 

Maior espetáculo esportivo do planeta, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos desembarcam, em agosto e setembro, pela primeira vez em solo sul-americano, no Rio de Janeiro. Novas histórias a contar, novos heróis a serem laureados e um discurso de interação global. Escolhida como slogan da competição, a epígrafe “Um Mundo Novo” prega a união num período em que tensões e uma grande crise de refugiados acometem o globo.

 

Adversário? Não, inimigo! Foco de vigilância nacional, o mosquito aedes aegypti, precisa ser combatido também no período de menor incidência de chuvas e temperaturas mais amenas. Em pauta, os cuidados para impedir o alastramento do vetor da dengue, do vírus zika e da febre de chikungunya, enfermidades que desafiam cientistas, médicos, autoridades sanitárias e mobilizam a população.

 

As diversas facetas de Cleide Napoleão dão as caras na seção “Prata da Casa”. Das expressões artísticas à atividade sindical e o resultado desta mistura, o leitor confere no perfil especial.

 

Ainda nas páginas da Sinal Plural, a atuação de nossos representantes no Comitê Gestor do PASBC; uma entrevista com o diretor de Aplicações da Centrus, José Antonio Marciano; dicas de cultura e lazer nas cidades que abrigam as dez sedes do BCB e os cuidados com os possíveis excessos na alimentação durante o inverno.

 

Boa leitura!

Daro Marcos Piffer

Presidente Nacional do Sinal

 

 

 

Expediente


Sinal Plural

Revista do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal)

Sede Nacional

SCS Quadra 01 - Bloco G sala 401 - Térreo
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Diretoria Executiva Nacional - Biênio 2015/2017

Presidente
Daro Marcos Piffer (São Paulo)

Diretor Secretário
Epitácio da Silva Ribeiro (Salvador)

Diretora Financeira
Ivonil Guimarães Dias de Carvalho (Curitiba)

Diretor de Assuntos Jurídicos
Jordan Alisson Pereira (Curitiba)

Diretor de Comunicação
Iso Sendacz (São Paulo)

Diretor de Relações Externas
Paulo Lino Gonçalves (São Paulo)

Diretor de Estudos Técnicos
Mauro Cattabriga de Barros (Belo Horizonte)

Diretor de Assuntos Previdenciários
José Vieira Leite (Rio de Janeiro)

Diretor de QVT
Márcio Silva de Araújo (Rio de Janeiro)

Diretora de Ações Estratégicas
Rita Girão (Brasília)
 


Presidentes Regionais

Belém - José Flávio Silva Corrêa
Belo Horizonte - Renato Fabiano Matheus
Brasília - Rita Girão
Curitiba - Enrikson Antonio Falabretti
Fortaleza - Francisco de Assis Tancredi Soares
Porto Alegre - Ricardo Luis Piccoli
Recife - José Milton Bezerra
Rio de Janeiro - Sergio da Luz Belsito
Salvador - Epitácio da Silva Ribeiro
São Paulo - Eduardo Stalin Silva


Conselho Editorial

Daro Marcos Piffer
Iso Sendacz
José Vieira Leite
Samuel Robson de Souza Oliveira (jornalista responsável)


Equipe da Sinal Plural

Editor
Samuel Robson de Souza Oliveira (MTb 0011124/DF)

Designer Gráfico
Milena Florentino da Silva

Suporte
Edemilson Santos Tavares
Jorge Manoel Custódio Júnior


Ficha Técnica

Impressão - Teixeira Gráfica e Editora Ltda
Tiragem - 4600 exemplares
Impresso em Papel Couchê - Capa 170g|Miolo 90g

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Banco Central do Brasil: órgão de Estado a serviço da sociedade” será mote de evento que definirá as diretrizes da atuação sindical pelos próximos dois anos.

 

Fortaleza será palco, de 21 a 25 de novembro, da XXVII Assembleia Nacional Deliberativa (AND) promovida pelo Sinal. Sob o mote “Banco Central do Brasil: órgão de Estado a serviço da sociedade”, filiados definirão, em sua instância superior, as diretrizes para a atuação do Sindicato pelos próximos dois anos. As resoluções relativas à pauta salarial, posteriormente, serão referendadas por meio do voto da categoria em Assembleia Geral Nacional (AGN).

 

Esta edição do evento tem como objetivo promover debates profícuos e encaminhamentos precisos sobre bandeiras históricas da luta sindical, como: a valorização do servidor da Casa; o pleno cumprimento das missões institucionais do BCB e o compromisso com a sociedade; a busca por ferramentas que proporcionem maior envolvimento dos filiados e estratégias para unificação do corpo funcional em torno de demandas salariais e do trabalho. 

 

A conferência na capital cearense trará também propostas para a continuidade das ações pelo estabelecimento de um Sistema Financeiro Cidadão, ao alcance de todo o povo brasileiro, que trate de maneira justa o consumidor bancário e contribua para o desenvolvimento nacional.

 

Os quatro Grupos de Trabalho que mediarão os diálogos durante a AND foram definidos pelo Conselho Nacional (CN) do Sindicato com as seguintes temáticas:

 

Autonomia profissional e valorização do servidor do Banco Central do Brasil 

Destinado a debater prerrogativas do exercício das funções de Especialista e Procurador, necessárias ao bom serviço à sociedade brasileira que, por sua vez, precisa reconhecer no servidor do BCB alguém qualificado para opinar e intervir nos assuntos relativos à autoridade monetária.

 

 

Campanha negocial (política salarial, gestão do trabalho e QVT): pauta de reivindicações e formas de mobilização 

Deverá elencar e priorizar as demandas de relacionamento laboral e remuneratório. Será indicada a metodologia de luta para a atuação coletiva em prol dos interesses comuns da categoria, frente ao governo, ao Legislativo ou na esfera Judiciária, buscando sempre o comprometimento dos dirigentes do BCB para com a pauta negocial dos servidores da Autarquia.

 

Banco Central do Brasil, desenvolvimento nacional e atendimento às demandas locais da sociedade 

Discutirá o serviço que a Autarquia pretende prestar à sociedade, como órgão de Estado, em linha com o Artigo 192 da Constituição Federal, que prevê o sistema financeiro “estruturado de modo a promover o desenvolvimento equilibrado do país e atender às necessidades da coletividade”.

 

Temas como a expansão da missão da autoridade monetária, para considerar o crescimento econômico e o pleno emprego, ao lado da estabilidade monetária, a participação dos agentes econômicos nos debates do Conselho Monetário Nacional e outros aspectos do projeto de regulamentação do referido artigo também permearão a agenda.

Ampliação da participação dos filiados  

As tratativas serão centradas na definição de meios pelos quais filiados e, nas situações que couber, o conjunto da categoria podem aumentar sua participação nos processos de elaboração, estabelecimento e condução dos caminhos da atividade sindical no Banco Central do Brasil.

 

Você, filiado, já pode contribuir com as discussões que serão base dos relatórios apresentados pelos Grupos de Trabalho na AND. Na página eletrônica do Sindicato está disponível o Blog do Sinal, espaço democrático, aberto a opiniões, que amplifica a voz do corpo funcional. Acesse e registre seu ponto de vista sobre cada um dos temas levantados ou apresente sua sugestão de assunto a ser abordado. 

 

Se você tem interesse em participar presencialmente da Assembleia, entre em contato com a seção do Sinal de sua representação e apresente candidatura. Votações locais irão definir as delegações das dez sedes do Banco Central no evento.

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

Em conversa com a Sinal Plural, diretor de Aplicações, José Antonio Marciano, explica alternativas encontradas diante de quadro adverso para fundos de pensão e garante manutenção de superávit da entidade

Déficit, rombo, CPI, desvios. Nos últimos meses, parte da imprensa e do meio político têm dedicado atenção especial à situação dos fundos de pensão vinculados a estatais e órgãos públicos no Brasil. Em geral, os discursos denotam preocupação com a solidez financeira e as políticas de governança, apontadas como principais responsáveis pelo acúmulo vertiginoso de prejuízos financeiros nestas instituições, o que coloca em xeque o futuro de milhões de trabalhadores.

 

Com a palavra, o diretor de Aplicações da Fundação Banco Central de Previdência Privada (Centrus), José Marciano, que explica as alternativas encontradas diante das dificuldades econômicas e da baixa de confiança dos fundos de pensão, fala sobre educação previdenciária e garante manutenção de superávit da entidade.

 

Como a Centrus enxerga este momento em que notícias sobre déficit nos fundos de pensão estampam recorrentemente as páginas da grande imprensa? O quanto isso preocupa vocês e afeta ao seu público? 

É muito presente esta preocupação. Estamos sempre alerta ao que se passa neste ambiente e temos o cuidado de saber o quanto isso abala a confiança dos donos da Fundação, que são os participantes e assistidos dos planos de benefícios administrados.Ainda em 2015 fizemos uma série de visitas às associações de servidores do BCB, mostrando como é gerida a Centrus e o quanto ela está protegida. Somada a isso, destaco a constante renovação dos relatórios, contendo as informações financeiras detalhadas em nossa página eletrônica. Então, creio que esta mescla de contato pessoal e divulgação virtual tem se mostrado eficiente para levar maior transparência aos segurados.

 

Além da divulgação de dados e palestras didáticas, como a Centrus tem agido para passar a boa imagem da governança institucional em meio a uma crise de confiança quanto aos gestores dos planos de previdência?  

A Fundação é daqueles que contribuíram ou ainda contribuem para a formação de seu patrimônio. Imprimir um sentimento de propriedade daquilo que está sendo gerido é vital para nós. Conjuntamente, temos participantes que representam os servidores do Banco Central. O fato de encontrarmos companheiros de trabalho da Autarquia nos corredores reforça a confiança. A sede da nossa entidade e meu escritório, inclusive, estão de portas abertas a todos. O contato aqui é cara a cara. Experimente isso num fundo de pensão aberto. Você vai cair numa sequência de ramais e números de telefone sem fim.

 

O quanto a Centrus tem procurado movimentar a alocação de recursos para contornar, da melhor maneira possível, um período que impõe dificuldades para vários setores da economia?  

Nossa política de investimentos é feita de acordo com o perfil dos planos vigentes aqui e dentro dos limites do Conselho Monetário Nacional. Fazemos um desenho do fluxo previdenciário de cada uma das frentes, verificando quando e de quanto precisaremos nas diferentes fases. Partindo daí, efetuamos uma distribuição quantitativa e qualitativa dos recursos disponíveis, permitindo uma calibragem dentro de determinado período. É preciso diversificar, mas observando o nível de maturidade de cada plano. Esta é a regra básica. A adoção dessa política no plano dos antigos funcionários do BCB, por exemplo, cuja idade média dos aposentados é de 82 anos, induziu a redução paulatina das aplicações em ações e em imóveis, canalizando os recursos para títulos públicos. Com o envelhecimento do plano, atualmente os títulos representam mais de 90% dos investimentos. Uma característica da Centrus é a gestão própria das aplicações.

 

E como anda o fluxo de novas adesões ao PCD? 

Quanto à demanda, ainda é tímida diante do esperado. Mas está em fase final um estudo, que contou com pesquisas e entrevistas e culminará numa campanha esclarecedora de divulgação aos novos. O Plano Contribuição Definida (PCD) foi lançado para atender dirigentes, servidores ativos e os aposentados que possuíam fração patrimonial. Importante lembrar que o PCD não substitui o Funpresp. É uma forma de aumentar a complementação da aposentadoria e a Centrus, por ser entidade fechada de previdência, é a única que pode oferecer um plano exclusivo para servidores do BCB. É uma modalidade que oferece condições bem versáteis de planejamento. Pretendemos proporcionar aos participantes do Plano, ainda em 2016, a possibilidade de empréstimo pessoal. Eu convido todos a conhecerem.

 

Quais são as perspectivas da Centrus continuar mantendo superávit? 

Muito boas. O Conselho Deliberativo já aprovou nova destinação, a terceira consecutiva, do montante acumulado nos planos de benefício definido. E a partir de agora, começaremos a fazer destinações mais constantes. Não será mais preciso decorrer três anos, no entanto os valores serão menores. Pelas nossas projeções e características dos investimentos, posso afirmar que continuaremos pagando superávit e enfatizo que a entidade vai muito bem.

 

E a relação da Centrus com o cidadão além das fronteiras do Banco Central? Há algo a oferecer?  

Aqui, entendemos o esclarecimento de matriz financeira como necessidade, não luxo. Instituímos um programa de educação financeira e previdenciária, ao alcance de toda a população, por meio do portal sobcontrolecentrus.com.br. No ambiente, o cidadão recebe uma série de informações sobre finanças, acessa simuladores de controle de contas e ainda tem a opção de ser orientado por um consultor via internet. É uma ferramenta muito interessante e versátil.

 

Algum recado neste momento aos beneficiários? 

Para os beneficiários mais antigos, a garantia de que a Centrus está sólida, segura e continuará pagando superavit. Num momento de incerteza econômica, nós não estamos garantindo apenas o pagamento de benefício, mas uma parcela adicional, que mostra nossa estabilidade e rentabilidade dos planos de benefício definido. Para os beneficiários do PCD, tenho a assegurar tranquilidade e transparência na gestão institucional, pois tudo aqui é patrimônio dos funcionários do Banco Central. O mercado nos reconhece pela linha de conduta exemplar. Isto é o que nos motiva. Quem quiser nos conhecer, basta entrar em contato conosco por telefone ou presencialmente.

 


 


 

 

 

 

 

Parlamentares e servidores lançam Frente em defesa da Previdência

 

Senadores, deputados e representantes de entidades sindicais lotaram o auditório Petrônio Portela, do Senado Federal, no último dia 31 de maio, para promover o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social. O movimento surge com o objetivo de defender a manutenção, bem como o avanço de direitos no que diz respeito ao sistema de Seguridade Social Brasileiro.

 

Além do ato político inaugural da Frente, a programação contou com palestras de especialistas das áreas jurídica e econômica, que contribuíram para desmistificar a falácia do déficit na Previdência. Membros da Diretoria Executiva Nacional e de diversos Conselhos Regionais representaram o Sinal no evento.

 

No discurso de abertura dos trabalhos, o senador Paulo Paim (PT/RS) condenou a manipulação de dados relativos ao setor. “A farsa na divulgação dos números da Previdência só interessa àqueles que possuem grandes lucros. O que o Brasil precisa é da correta aplicação dos recursos públicos”, afirmou. Paim também fez duras críticas ao fim do Ministério da Previdência. “A luta também se concentrará na volta de um ministério próprio. Não podemos admitir que a Previdência vire um puxadinho da Fazenda”, concluiu.

 

O deputado Chico Alencar (PSOL/RJ) exaltou a união das carreiras do serviço público e da iniciativa privada como trunfo para grandes conquistas e pediu foco na defesa do ideal acima de visões político-partidárias. “Devemos somar esforços naquilo que nos une para barrar os retrocessos. Não sejamos hipócritas, pois sabemos que todos os governos passados foram unânimes em retirar direitos previdenciários”, observou.

 

 

Durante o evento ainda foi promovido o seminário “Desmistificando o Déficit da Previdência no Contexto da Seguridade Social”, com a presença de mestres e doutores em direito e economia. Para o professor da Universidade de Campinas (Unicamp), Eduardo Fagnani, os argumentos daqueles que pretendem promover ajustes no setor previdenciário não passam de “construções ideológicas”, que atendem apenas ao capital financeiro, cada dia mais lucrativo, em detrimento da classe trabalhadora, que vê seu poder de compra reduzido.

 

Segundo Fagnani, é comum os governos considerarem como caixa apenas contribuições de empregados e empregadores e ignorar sua parcela obrigatória de contribuição nas contas da Seguridade. Manobra que gera a falsa impressão de defasagem. O especialista se mostrou contrário ainda a uma série de políticas de desvinculação de receitas que fazem “escoar” os recursos que deveriam ser destinados aos trabalhadores.

 

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Frederico Melo, afirmou que o movimento de envelhecimento populacional não pode ser apresentado como justificativa para reformas estruturais de matriz previdenciária. Segundo ele, há necessidade de “aperfeiçoamento na gestão de recursos” e políticas públicas que culminem em maior inserção de pessoas no mercado de trabalho. Melo citou como sugestão a ampliação da rede de assistência às crianças por meio de creches, o que levaria mais mães à situação de atividade econômica.

 

Daro Piffer, presidente nacional do Sinal, em sua intervenção, destacou a importância das explanações dos especialistas e ressaltou a necessidade de divulgar ao povo a real situação do setor previdenciário. “Nós temos argumentos sólidos para mostrar que os defensores de reforma na Previdência mentem. O desafio é levar estas informações à sociedade brasileira”, afirmou, concluindo: “Precisamos criar estratégias para invadir a mídia, sejam redes sociais, veículos alternativos, até a grande imprensa nos ouvir. Esta é uma luta de toda a população”.

 

A Frente Parlamentar mantém reuniões semanais para análise de matérias em trâmite e definição de novas ações. O movimento já percorre o Brasil, com audiências públicas que devem chegar a todas as regiões para deflagrar os verdadeiros dados acerca do setor previdenciário.

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

Em entrevista à Sinal Plural, presidente do Instituto Mosap fala sobre demandas de aposentados e pensionistas, mobilização e destaca parceria com entidades sindicais

 

Edison Guilherme Haubert está à frente do Instituto Mosap (Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas) há nove anos. Dedicado militante dos direitos dos trabalhadores, reúne expertise e experiência de sobra para comandar as ações de uma entidade que congrega centenas de representações sindicais, articulando em prol de demandas daqueles que investiram uma vida ao serviço público e agora desejam usufruir de descanso, sendo devidamente assistidos pelo Estado, a que tanto contribuíram.

 

Em entrevista à Sinal Plural, o servidor aposentado do Poder Legislativo fala sobre a representatividade do Mosap, as lutas travadas em nome da conquista e manutenção de direitos, avalia o ambiente político para a continuidade das mobilizações e destaca a relevante parceria com sindicatos e associações de carreiras públicas.

 

O que, a seu ver, consolida o Mosap, no âmbito do funcionalismo público e dos Poderes, como instituição forte e requisitada quando falamos de aposentados e pensionistas? 

Nós possuímos raízes profundas e muito trabalho. O Instituto foi idealizado à época da Constituinte. Anos após, na revisão Constitucional, nos organizamos e colocamos em prática a defesa de princípios básicos dos interesses dos servidores públicos aposentados e pensionistas, que haviam sido previstos e assegurados na Carta Magna de 1988. De lá para cá, um movimento que reunia quinze, cataloga hoje mais de setecentas entidades nacionais, estaduais e municipais. O respeito se deu mediante o histórico de presença nas principais frentes de luta da classe.

 

Nos mais de vinte e quatro anos em atividade, quais foram, ou ainda são, as batalhas mais memoráveis para o Movimento? 

Desde 1988, os servidores, como um todo, vêm sofrendo claros ataques a seus direitos. No que diz respeito à defesa das garantias, posso citar as lutas que tivemos com relação à defesa da paridade e, principalmente, à contribuição previdenciária sobre nossas remunerações. Na gestão Fernando Henrique Cardoso houve diversas tentativas de nos impor esta cobrança. Fomos ao Congresso Nacional e conseguimos frear as intenções do Executivo. No momento em que o governo conseguiu aprovar a lei 9783/1999, que versava sobre o assunto, apoiamos uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) e o Supremo Tribunal Federal (SFT), por unanimidade, declarou procedente. 

 

No entanto, em 2003, a Emenda Constitucional 41 regulamentou esta taxação.

 

E a partir disso, surge uma das nossas principais frentes de luta, pelo resgate de um direito que já havia sido consignado. Então, por meio da PEC555/2006, de autoria do ex-deputado Carlos Mota (PSB/MG), tentamos desfazer a medida injusta e inconstitucional, no nosso entendimento e de grande parte dos servidores, população e parlamentares.

 

É um acinte lesar o servidor num dos momentos em que ele mais necessita do dinheiro. E mesmo se não necessitasse, é uma quantia retirada arbitrariamente. Já contribuímos compulsoriamente ao longo de anos para a nossa aposentadoria.

 

O que falta para a PEC 555/2006, enfim, voltar a andar no Congresso Nacional? 

A meu ver, falta, fundamentalmente, vontade do governo. De todos os gestores que estiveram de lá para cá. Sempre que nos dirigimos à Casa Civil, à base governista e às lideranças do Legislativo, o argumento foi semelhante. Alegaram que o Executivo não aceitava rever, pois não poderia abdicar dos valores contidos nesta arrecadação. Por reiteradas ocasiões, estivemos perto de pautar a PEC no plenário da Câmara, no entanto sempre vieram ordens do Planalto, da Fazenda, do Planejamento e da Previdência, no sentido de barrar a deliberação da matéria. A nossa movimentação é permanente, mas as condições políticas sempre se interpunham às nossas intenções. E hoje, sobretudo, com a acentuação das dificuldades econômicas e sociais, ocorrida nos últimos anos, sentimos claramente maior resistência.

 

Com este cenário proposto, é necessário revigorar nossas lutas e não esmorecer. Devemos ampliar os debates entre Mosap e entidades sindicais parceiras. Neste ambiente, destaco a relevância do trabalho de acompanhamento e intervenção desenvolvido pelo Sinal junto a parlamentares, em prol de medidas que atendam à sociedade.

 

Como você vê a atuação da presente Legislatura, visto que diversos analistas políticos atribuem a ela um caráter conservador no que tange a direitos?  

Certamente, para as nossas demandas, este Congresso é mais restritivo do que o passado. Não acho razoável traçar um panorama de todas as Legislaturas anteriores, mas posso dizer que encontramos mais dificuldades, principalmente na Câmara dos Deputados. 

 

Quais foram os principais obstáculos encontrados para a articulação neste primeiro semestre e o que pode ser aplicado para o restante do ano?

 

Em muitos casos, não tivemos a oportunidade e nem com quem conversar. A crise política influenciou e ainda influencia significativamente no contato com as autoridades. Entre outros pontos, as indefinições trazidas pela tramitação do processo de impedimento contra a presidente Dilma Rousseff meio que paralisaram a Câmara em alguns momentos e impuseram alguma dificuldade. Até a nomeação das Comissões Permanentes da Casa demorou mais que o esperado.

 

Mas isso não impede que mantenhamos a luta. Novas frentes de combate tem de ser abertas para intensificar as reivindicações.

 

O que representa para o conjunto de aposentados e pensionistas a recém-lançada Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social?  

É de importância substancial. É um grande início. Este grupo estará constantemente atento a tudo aquilo que intervenha nos direitos dos servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada, ativos ou aposentados. Mas tudo vai depender da continuidade dos trabalhos realizados pelas entidades e da capacidade de interagir com a população. Mais do que isso, temos que convencer o Congresso Nacional, via união de centrais, sindicatos, associações e movimentos. Que esta união não termine.

 

Esta Frente tem total mandato e competência para cuidar de nossas demandas e proteger todo o arcabouço previdenciário.

 

Como aposentados e pensionistas de todo o país podem contribuir com a luta por todos estes pleitos? 

Se unir ao chamamento de suas entidades sindicais é preponderante. Também se irmanar sob o manto do princípio de que todos nós somos capazes e temos muita força. Basta não deixar a força esmorecer dentro de nós. Nós somos responsáveis e temos condições de lograr êxito em benefício de todos.

 

 

 


 

 

 


Informe Jurídico: Ação dos 28,86%

 

 

As ações judiciais do Sinal são acompanhadas diariamente, para manter os filiados atualizados dos andamentos e suas perspectivas.

 

Visando buscar uma solução para as demandas jurídicas, que se arrastam por anos, foi criado o Grupo de Trabalho da Litigiosidade no Banco Central, com a participação do Sindicato, e a primeira ação discutida foi a do reajuste de 28,86%.

 

Após diversas reuniões, foi consenso no grupo a necessidade de se fazer um acordo para beneficiar ambas as partes mas, até o momento, não há qualquer sinalização de que isto esteja próximo de acontecer. Assim, o processo do 1° grupo (código 106), que é o principal para resolver a contenda, segue o seu trâmite judicial no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

O julgamento do recurso do Sinal, que pede ao STJ decisão sobre os reajustes que devem ser compensados com os 28,86%, teve início em 18 de fevereiro e o Ministro relator Olindo Menezes rejeitou os embargos de declaração do Sindicato, determinando o retorno do processo ao Tribunal Regional Federal (TRF) para apreciar o pedido. Após o voto do relator, pediu vista o Ministro Napoleão Nunes.

 

Suspenso o julgamento por alguns meses, foi retomado em 19 de maio e o Ministro Napoleão acolheu o pedido do Sinal, dando provimento ao Recurso Especial para limitar a compensação do percentual de 28,86% apenas às Leis n° 8.622/93 e 8.627/93, em observância à coisa julgada. Mas novamente o julgamento foi interrompido por novo pedido de vista, agora do Ministro Benedito Gonçalves.

 

O processo deverá ser incluído em pauta novamente para a continuação do julgamento. Temos um voto favorável (Min. Napoleão Nunes) e um contrário (Des. Convocado Olindo Menezes). Faltam votar os Ministros Benedito Gonçalves, Sérgio Kukina e Regina Helena Costa.

 

Decisão favorável ao recurso do Sinal pode economizar anos de processo, pois do contrário a matéria retornará ao TRF para que esse decida sobre os reajustes que devem ser compensados com os 28,86%.

 

O filiado pode consultar essa e outras ações no portal Jurídico do Sinal, que está de cara nova. Conta agora com informações detalhadas e sempre atualizadas sobre os seguintes processos: Reajuste de 13,23% - Vantagem Pecuniária Individual, quintos e décimos, fração patrimonial da Centrus – recálculo sobre 1/3 e verba 134.

 

No portal, é possível encontrar links para as cronologias, com uma retrospectiva de todos os informativos sobre o assunto desejado, além de notícias jurídicas de interesse dos filiados. Em breve serão divulgadas informações sobre outras demandas.

Na área restrita, o filiado pode consultar as ações das quais faz parte e a situação de cada uma delas.

 

Visite o nosso portal.

 

 


 

 

 

 

Livro: “Um Sinal na história”

 

 

 

Obra narra trajetória de luta dos movimentos organizados de servidores do Banco Central do Brasil nos 23 anos anteriores à fundação do Sindicato

 

Está disponível para leitura em nossa página eletrônica “Um Sinal na História”, obra que narra a trajetória de luta dos movimentos organizados de servidores do Banco Central do Brasil nos 23 anos anteriores à fundação do Sindicato. O lançamento oficial do registro ocorreu no último dia 8 de junho, em solenidade no Salão Nobre do Congresso Nacional. A cerimônia contou com a presença de filiados, parlamentares e representantes de entidades parceiras.

 

Na abertura do encontro, o presidente nacional do Sinal, Daro Piffer, exaltou o empenho e dedicação do grupo que reuniu todo o arquivo necessário para que fosse consolidado num documento imprescindível para aqueles que pretendem conhecer os alicerces históricos da fundação do Sindicato.

 

Em homenagem pela relevância histórica na entidade, Daro entregou os cinco primeiros exemplares da obra aos atores daquelas lutas: João Marcus Monteiro, idealizador do projeto e conselheiro regional no Rio de Janeiro, Paulo Eduardo de Freitas, primeiro presidente do Sinal, Paulo Lino, diretor de Relações Externas, Sandra Leal, assessora do Sinal Nacional, e Laerte Porto, conselheiro regional no Rio de Janeiro.

 

O resultado do trabalho de curadoria surpreendeu até mesmo quem esteve envolvido na execução da iniciativa. Segundo João Marcus, as expectativas foram em muito superadas. “Eu nem acreditava, no início das atividades, que encontraríamos tanto material físico. Na sequência, acrescentando depoimentos de protagonistas desta história, conseguimos um registro quase que científico”, afirmou. Ainda segundo o idealizador, a publicação situa, na memória sindical, a história de união dos servidores em torno de um objetivo comum. “Todas as conquistas foram alcançadas apenas mediante o esforço coletivo e sempre será assim”, concluiu.

 

Para Paulo Eduardo, registrar em livro a história do Sinal é promover uma compreensão melhor do presente. “Muito do que falamos, muito do que fazemos e muitas práticas que temos hoje, são um processo da história”, observou. O primeiro presidente do Sindicato ressaltou também a importância da obra para os rumos da categoria. “Compreender todo este processo, nos dá oportunidade de dizer como deve ser nosso futuro. Construímos melhor o futuro, sabendo melhor do nosso passado”, encerrou.

 

 

 


 

 

 

 

 

Cleide Napoleão em suas diversas Expressões

Chargista, musicista, dançarina e atriz, nossa Prata da Casa é exemplo de sintonia ideal entre a veia artística e a ação política

 


 


Levei bomba em duas matérias (química e cálculo - simplesmente não compareci às segundas provas) e fiquei de recuperação em física. Fui muito bem em outras duas disciplinas (Matérias Primas Vegetais e Introdução às Ciências dos Alimentos), mas passei com 5,2, raspando, em Biologia Celular. 39 anos sem estudar essas coisas, que pouco usei, do pouco que aprendi, deu em amnésia quase total.

 

Mas o desafio está me fazendo bem. Novas paixões no horizonte. Quem sabe eu enfrente as bombas e descubra os prazeres das exatas.

 

Meus colegas de BC que conhecem minha trajetória por lá sabem que cálculo não é o meu forte. Muito menos a memória...”
 

 

Assim, com um depoimento próprio, começamos a contar a história de nossa Prata da Casa, Cleide Napoleão.

 

De fato, a boa relação com os números - aos quais se submete hoje, cursando Ciências dos Alimentos, na Universidade de São Paulo (USP) - não dá as caras entre suas mais expressivas facetas.

 

A memória? Resgatamos nas linhas seguintes.

 

Artes plásticas, música, dança, teatro, militância estudantil e sindical. “Acho que preciso ir com calma. Morando em Piracicaba, longe da verticalidade de SP, estou respirando um ar muito melhor e aprendendo a ir mais devagar. Vejo-me aprendendo a priorizar e focar”, observa Cleide. O discurso calmo e paciente dos dias atuais contrasta com a rotina agitada de quem sempre quis fazer de tudo um pouco. 

 

O gosto pelo desenho mostrou seus primeiros traços antes mesmo dos dois anos de vida, quando, só em troca do pai desenhando ao seu lado, concordava em comer. Aos 12, floresceu a aptidão para a música e, aos 15, já ganhava algum dinheiro dando aulas para os vizinhos.

 

A juventude trouxe o que talvez seja a característica mais marcante de nossa Prata da Casa: a combinação entre a veia artística e a atividade política.

 

Ainda no colegial, integrou o movimento pela reconstrução da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Entre as diversas formas de manifestação do grupo constavam apresentações teatrais, das quais ela sempre fez parte. 

 

Mais tarde, cursando História na USP, se somou à “Resistência” de estudantes, críticos ao Regime Militar vigente no país àquela altura, sempre lançando mão de expressões artísticas para externar suas convicções. “Eu conspirava por uma pátria livre e justa”, argumenta.

 

Em 1972, o idealismo cobrou seu preço. Foi conduzida, durante a madrugada, ao DOI-CODI, para prestar esclarecimentos, após ter cedido a casa de praia dos pais para que organizações consideradas clandestinas promovessem reuniões. “Durante 23 horas e 30 minutos, fui interrogada, esbofeteada e ameaçada de tortura diante da maquininha de dar choques. Depois, levada à uma cela de mulheres ditas terroristas”, lembra.

 

Uma segunda prisão, em 1977,  durante o cerco à manifestação de estudantes na PUC, rendeu-lhe um enquadramento na Lei de Segurança Nacional.

 

“Para mim, a luta política tem toda graça”, afirma. E uma importante mostra desta determinação é a continuidade da militância em prol de dias melhores, mesmo após os percalços sofridos durante a juventude.

 

 

A partir de 1974, ano em que chegou ao Banco Central do Brasil, Cleide passou a somar esforços às mais variadas lutas organizadas de servidores da Casa. AFBC, jornal OVO, entre outras iniciativas que culminaram no surgimento do Sinal, contaram com os preciosos traços de nossa homenageada.

 

E pelos traços ficou conhecida no BC. Não são poucas as mobilizações do Sindicato, bem como do conjunto dos servidores públicos federais, ilustradas pelas mãos da nossa artista.

No volumoso portfólio de charges - com as quais ganhou algumas oportunidades de emprego ainda na década de 1970 -, a vida cotidiana, laboral e, claro, a combatividade política. Também, recortes da própria inquieta personalidade. “A Antídota é minha parte rebelde depressiva e a Jô é minha parte “institucionalizada” pela sociedade de consumo”, explica sobre o surgimento de alguns de seus personagens.

 

Em 1998, veio a aposentadoria do Banco Central. Difícil deixar os companheiros de trabalho, enfatiza ela. Pesaroso também ter de abandonar todas as anotações, acumuladas ao longo de décadas de serviço. Aliás, anotar tudo o que se passa é um hobby. Escreve receitas, conversas, frases de filmes, etc. “Comentários no ônibus vão para o papel e às vezes viram música. Tantos escritos estão acumulados em quatro caixas de papelão. Um dia, serão peneirados para virar livro”, garante.

 

O merecido descanso depois de mais de duas décadas devotadas à Autarquia não a afastou da luta sindical em nome dos que contribuíram e ainda contribuem para o bom serviço ao Estado e à população. Cleide continuou fazendo parte de Conselhos Regionais do Sinal SP, incluindo um ano na Diretoria Nacional de QVT e Assuntos Previdenciários. Atualmente, está afastada do CR em São Paulo, devido à dedicação à vida acadêmica cinco dias por semana, a quase 200 km da capital paulista.

 

“Faz falta a luta sindical. Espero que os sindicatos se unam para unir os servidores públicos, APOSENTADOS TAMBÉM, em defesa dos seus direitos e na construção de um Brasil mais justo e desconcentrador de renda. Sem o que qualquer promessa de crescimento é propaganda enganosa. Ou novela para os bois dormirem antes de irem ao matadouro”, finaliza.

 

E desta forma, segue Cleide. Na difícil saga com os números, mas escrevendo, por vezes literalmente, novos capítulos.

 


 

 


 

 

 

 

 

 

A vigilância não pode parar!

Chegada do inverno e período de estiagem não permitem enfraquecimento de ações contra o aedes aegypti

 

Entre os vários atores que protagonizaram a agenda pública no primeiro semestre do ano, um, em especial, não pertencente às classes política, esportiva, artística ou a qualquer setor da sociedade, foi foco de grande vigilância de autoridades, movimentos organizados e de todo o povo brasileiro. Responsável pela velha conhecida dengue e a quase extinta febre amarela, a ação do mosquito aedes aegypti potencializou, em 2016, a incidência da febre de chikungunya e do vírus Zika.

 

Dados do Ministério da Saúde apontam estatísticas alarmantes. Enquanto em 2015 foram registrados pouco mais de 13 mil casos da febre de chikungunya, com seis óbitos em razão da doença, apenas nos cinco primeiros meses de 2016 constatou-se cerca de 15 mil infecções e 16 óbitos.

 

Em relação ao vírus Zika, ainda de acordo com levantamento do Ministério da Saúde, foram detectadas, até meados de maio, quase 50 mil confirmações e um óbito, no estado do Rio de Janeiro. A preocupação com o alastramento da doença é intensificada devido à comprovada relação com casos de microcefalia em recém-nascidos.

 

Rapidamente, a mobilização contra o vetor ganhou proporções nacionais. Setores da sociedade, governo e mídia abraçaram campanhas de prevenção, com base na eliminação dos potenciais focos do mosquito. O esforço conjunto se deu já nos primeiros meses do ano, período em que as chuvas e as temperaturas mais altas favorecem a proliferação do aedes aegypti.

 

 

 

No entanto, a estiagem e a chegada do inverno não permitem o enfraquecimento das ações de combate. Para a médica sanitarista, Esther Janssen, o momento requer manutenção dos cuidados, voltada principalmente para o ambiente domiciliar. “Durante a temporada de chuvas, as ruas são pontos prováveis da multiplicação de focos e exigem inspeções constantes. Nos meses de seca, o maior registro de criadouros pode ocorrer dentro das casas”, afirma.

 

A especialista observa que mesmo com relativa redução dos riscos - devido à baixa na umidade e nas temperaturas -  o engajamento social ainda é atitude imprescindível. “As políticas públicas não substituem o trabalho da população. A pulverização dos inseticidas com o fumacê, por exemplo, não é suficiente para exterminar o mosquito dentro dos lares”, argumenta.

 

 

Rápida adaptação do vetor

 

Pesquisa recente do Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, mostra que o vetor possui um poder de adaptação a condições diversas muito superior a outras espécies. Os resultados apontam variações no tamanho e formato de asas, em função da estação do ano.

 

Sobre a tese, Esther Janssen reforça: “Diferente dos demais mosquitos, o aedes aegypti se acostumou a viver tanto dentro quanto fora das casas e independente da transição climática”, encerra.

 

Zika: ameaça às próximas gerações

Dentre as infecções derivadas da atividade do aedes aegypti, o vírus Zika talvez seja a face mais assustadora, em razão do contágio acontecer também em circunstâncias alheias à picada do mosquito.

 

Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde no último dia 22 de junho confirma 233 ocorrências de microcefalia (distúrbio que afeta o desenvolvimento da criança) em recém-nascidos devido à ação do Zika no organismo de gestantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera quadro de microcefalia quando os perímetros cranianos são iguais ou inferiores a 31,9 e 31,5 centímetros para meninos e meninas, respectivamente.  

 

Artigo publicado pela revista científica The Lancet associa o vírus também ao desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré, que afeta o sistema nervoso, causando inflamação dos nervos e enfraquecimento muscular.

 

Além da transmissão durante a gravidez e da “mordida” do aedes aegypti, estudos apontam as relações sexuais, transfusões de sangue e o aleitamento materno como possíveis agentes contagiosos.

 

O temor de uma contaminação global levou parte da comunidade científica a aconselhar o adiamento dos Jogos do Rio de Janeiro, pelo fato de o Brasil ser um país com condições climáticas favoráveis ao convívio do mosquito. Alguns atletas já abdicaram à competição. A OMS afirmou, no entanto, que não há necessidade de adiamento e assegurou que uma possível transferência de local ou data de realização das Olimpíadas não interfere significativamente no controle ao alastramento do Zika vírus.

 

 

Tratamento

O especialista em medicina tropical, dr. Dalcy Albuquerque Filho, observa que os cuidados com o paciente infectado, tanto por dengue quanto por zika e chikungunya, têm foco nos sintomas. “O tratamento baseia-se nos sinais verificados, como febre e dores no corpo. O combate se dá de forma sintomática”, afirma.

 

O médico alerta para os perigos da automedicação e pondera que a ingestão de remédios sem prévia prescrição é arriscada sob qualquer hipótese. “Existem indícios que apenas o profissional consegue constatar”, adverte.

 

Em todo caso, segundo Albuquerque, ao apresentar qualquer sintoma, a recomendação é manter-se bem hidratado e buscar auxílio clínico. “Enquanto estuda-se antídotos para a prevenção e a eficácia das vacinas desenvolvidas, o principal conselho é manter atenção aos possíveis focos do aedes aegypti e buscar orientação médica”, finaliza. 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

Um mundo novo pelo esporte

Jogos Olímpicos do Rio trazem mensagem de renovação e unidade num momento em que conflitos e crise de refugiados acometem o planeta

 

O espetáculo vai começar! De 5 a 21 de agosto e de 7 a 18 de setembro, o Rio de Janeiro recebe a maior competição esportiva do mundo. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos chegam, em 2016, pela primeira vez à América do Sul, na principal cidade turística do Brasil.

 

A competição, que movimenta bilhões de reais, gera milhões de postos de emprego, permanentes ou temporários, e mobiliza milhares de atletas, além de laurear os melhores esportistas do planeta, traz um discurso de unificação global. Sob o slogan “Um mundo novo”, o evento terá como inspiração o poder transformador do esporte, num momento em que conflitos bélicos e uma crise de refugiados acometem diversas regiões da terra.

 

Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, o número de deslocados em razão de perseguições e guerras passou de 65 milhões de pessoas, o que equivale a 1 em cada 113 habitantes do globo. É a maior crise humanitária desde a Segunda Guerra Mundial.

 

O roteiro de modalidades não estará restrito aos limites territoriais da cidade carioca. O torneio de futebol, que começa dois dias antes da abertura oficial dos Jogos, terá como sedes, além do Rio, Brasília, Belo Horizonte, Manaus, Salvador e São Paulo, locais em que será aproveitada a estrutura das arenas utilizadas na Copa do Mundo de 2014. A seleção brasileira masculina estreia no dia 4 de agosto, na capital federal, contra a África do Sul.

 

Grandes campeões olímpicos e astros internacionais do esporte já confirmaram presença nos campos, quadras, piscinas, pistas e arenas ao ar livre. O corredor jamaicano Usain Bolt vem ao Brasil fechando seu possível último ciclo olímpico, com o objetivo de manter a invencibilidade nos 100 e 200 metros rasos e no revezamento 4x100 m, provas que já renderam seis ouros ao homem mais rápido do mundo.

 

 

Outra hegemonia a ser defendida desembarcará nas quadras, juntamente com a seleção norte-americana masculina de basquete. O Dream Team - chamado assim em razão do time campeão em Barcelona (1992), que contava com Michael Jordan, Magic Johnson e Larry Bird - não terá, desta vez, algumas de suas principais estrelas do momento, mas é franco favorito à conquista de mais um topo de pódio.

 

O nadador Michael Phelps, maior medalhista de todos os tempos (18 ouros, 2 pratas e 2 bronzes), os tenistas Serena Williams e Novak Djokovic, entre outros nomes relevantes, completam a constelação presente no evento.

 

A baixa mais considerável talvez fique a cargo da delegação russa de atletismo. Grande potência olímpica, o país enfrenta sanção da Federação Internacional de Atletismo (IAAF - sigla em inglês), em virtude de um esquema de doping que envolveu diversos de seus atletas. A decisão, no entanto, não exclui a possibilidade da bicampeã Yelena Isinbayeva participar dos Jogos. A IAAF abriu uma oportunidade de classificação às Olimpíadas a atletas que treinam fora da Rússia e passaram por exames antidoping em terras estrangeiras.

 

“Pratas da Casa”

O Brasil também possui protagonistas do esporte mundial que estarão defendendo nossas cores durante os Jogos. As seleções masculina e feminina de vôlei figuram no seleto grupo de favoritos ao ouro. As meninas vêm de dois títulos seguidos, em Pequim (2008) e Londres (2012).

 

 

Arthur Zanetti, campeão olímpico e mundial, nas argolas, também será centro das atenções, nas provas de ginástica artístico.

 

Com Neymar no elenco, a seleção de futebol mais vitoriosa de todos os tempos vai em busca da única conquista que lhe falta. O ouro, em outras oportunidades, escapou por pouco. Nos Jogos de Londres, há quatro anos, os brasileiros chegaram à final, mas foram derrotados pela seleção mexicana.

 

Nas Paralimpíadas, competição em que o Brasil tem alcançado resultados significativos, um dos nomes em destaque é Daniel Dias, detentor de seis medalhas douradas, que vai em busca de novos recordes nas piscinas cariocas.

 

 

Ainda há ingressos à venda pela internet (rio2016.com/ingressos) e na bilheteria da estação Maracanã, da SuperVia.

 

 


 

 

 

 

 

 

Comitê Gestor do PASBC: a atuação dos nossos representantes 

Márcio S. Araujo I Diretor de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) do Sinal

 

O nosso plano de saúde é motivo de orgulho para os servidores da ativa, aposentados, pensionistas e dependentes vinculados. As dificuldades em gerir o PASBC da forma mais eficaz possível, procurando atender as mais diversas demandas de uma área tão complexa quanto a de saúde, requerem um acompanhamento constante de todos nós, que vai desde o uso consciente dos serviços prestados pela nossa rede de conveniados, verificação e conferência das faturas cobradas do plano, consulta regular aos lançamentos e registros no Portal do PASBC, bem como a apresentação de sugestões e cobranças que ajudem a melhorá-lo. Como dito, é tarefa de todos, mas, em especial, dos colegas que participam do seu Comitê Gestor.


O que é o Comitê Gestor do PASBC?
 

O Comitê Gestor (CG), juntamente ao Depes, é responsável pela gestão estratégica do plano, tendo por objetivo manter o nível de qualidade dos serviços prestados e preservar sua sustentabilidade econômico-financeira.

 

Composto por seis titulares e dois suplentes, o CG tem partição igualitária em sua representação principal, com três indicados pela administração do Banco Central e três representantes eleitos pelos servidores. Essa forma de representação permite que se possa pesar de modo mais equânime os interesses da administração do BCB e os dos beneficiários do PASBC. Os atuais representantes dos servidores tiveram apoio do Sinal nos três últimos processos eleitorais.

 

Luciana Lira Sciotta, Maria Juliana Fabris e Luiz Rafael Giordano têm trabalhado com dedicação, dispondo voluntariamente do seu tempo para as atividades específicas deste Comitê, assim como na prestação de esclarecimentos aos servidores em diversos encontros patrocinados pelo Sinal.

 

E qual o papel dos representantes dos servidores no CG?  

Preocupação com aspectos econômico-financeiros e atenção às demandas mais imediatas dos beneficiários, no sentido de ampliar a rede de atendimento e melhorar sua qualidade.

 

O Sinal tem acompanhado essa ação, com base nas deliberações dos filiados, representados por delegados na última Assembleia Nacional Deliberativa (AND), realizada em Manaus, em 2014, e referendadas em votação eletrônica no ano passado.

 

E qual atual situação das demandas dos servidores em relação ao PASBC? 

A seguir, são apresentadas considerações para cada um dos itens aprovados em AND. As respostas e esclarecimentos baseiam-se em conversas com os colegas participantes do CG.

 

Fortalecer a estrutura organizacional do PASBC, valorizando o setor, as atividades desenvolvidas e os servidores envolvidos e tornando a área mais atrativa como local de trabalho.

 

A deficiência de pessoal, tanto pelos poucos postos alocados para essa área, quanto pelo pouco interesse dos próprios servidores, devido à falta de incentivo para desenvolvimento profissional, requer uma política de pessoal sob medida, com dedicação exclusiva e especialização em conhecimentos fora das linhas mais tradicionais de formação no BCB. A valorização das atividades nessa área, com a alocação de comissões e a estruturação de uma divisão específica no âmbito do Depes, em especial nas regionais, entre outras discutidas no âmbito do CG, ajudariam a dar maior poder de acompanhamento e fiscalização dos serviços prestados pela rede credenciada.


 

Destinar maior orçamento para treinamento, capacitação e qualificação dos servidores em gestão de saúde, objetivando aperfeiçoar e adequar os conhecimentos, para atender às constantes exigências do PASBC.

 

O investimento em qualificação do pessoal ainda é pequeno. O tema “saúde” é muito específico e o mercado profissionalizado e de difícil negociação. A necessidade de aumentar o número de cursos nessa área, com ampla oferta de vagas, daria oportunidade e incentivo a todos que possuem interesse na área.  


Solicitar ao Depes o levantamento das diferenças nos serviços e produtos oferecidos nas diversas praças pelo PASBC, visando alcançar homogeneidade de tratamentos, benefícios e oportunidades para todos os beneficiários.
 

Não é de fácil implantação a homogeneidade plena no atendimento entre as diversas sedes do BCB em prazo mais curto. É claro que todo servidor deve dispor do mesmo tipo de leque de atendimento na área de saúde, independente de sua localização. Há, contudo, diferenças decorrentes das negociações e não da inexistência dos serviços nas diversas praças e especificidades locais.

 


Fortalecer a rede credenciada do PASBC, por meio do retorno de prestadores de serviços na modalidade Pessoa Física, resolvendo em definitivo todos os entraves relacionados ao recolhimento de INSS.

 

Existem dificuldades de diversas ordens para que se retorne à situação anterior, que permitia a contratação de prestadores de serviços médicos na Pessoa Física (PF). Os motivos vão desde a remuneração ao próprio interesse do profissional. Embora pareça não haver impedimento no credenciamento de PF, dificilmente eles são feitos. Há necessidade de se comprovar a escassez dos serviços prestados por Pessoa Jurídica, ou o profissional deve ter grande renome no mercado para que se justifique o credenciamento por PF.

 

Uma maior flexibilização no processo de contratação poderia ocorrer com a maior integração entre as diversas sedes regionais e a administração central do PASBC, em Brasília, com a padronização dos entendimentos diversos que decorrem das diferenças de atuação/estrutura das regionais. Volta-se aqui, mais uma vez, à questão da falta de recursos humanos alocados na área.


 

 

Criar uma rede credenciada referenciada para o PASBC em todas as praças, com honorários diferenciados para atrair médicos especialistas qualificados.

 

Esse parece ser o caminho mais adequado para permitir o credenciamento de profissionais com especialização necessária ao melhor atendimento do beneficiário do PASBC. Contudo, existem dificuldades no momento de se justificarem honorários médicos diferenciados para a prestação do mesmo serviço dentro do âmbito da administração pública. Uma das dificuldades está na construção de critérios objetivos para a escolha desse quadro profissional.


Promover o intercâmbio de informações entre as praças e entre os servidores que trabalham com o PASBC, visando à uniformização do atendimento aos usuários do Programa e o entendimento comum do regulamento e das normas que o sustentam.

 

A partir de uma demanda das Gerências Administrativas, grupos de trabalho foram criados para conduzir assuntos antes centralizados em Brasília. Na prática, esses grupos ainda não geraram os resultados e nem tiveram a participação esperada. Trata-se de um espaço de discussão que pode ser mais explorado.

 


 

Criar Blog no Portal do PASBC, para os servidores manterem contato constante e compartilharem conteúdos de interesse geral.
 

O BCB Saúde, portal do PASBC que informa sobre a cobertura do nosso plano, sua rede de atendimento, entre outras informações de interesse do beneficiário, não dispõe dessa facilidade. Esse Blog permitiria uma maior participação do beneficiário, pois poderia expor suas críticas e sugestões ao plano.

 


 

Estimular atividade de programas que promovam a medicina preventiva, através de campanhas periódicas, tanto entre ativos como aposentados, com o objetivo de preservar a saúde dos beneficiários, e, consequentemente, a saúde financeira do PASBC no médio e longo prazo. 

Atualmente, as campanhas existentes estão restritas à Semana da Saúde, Outubro Rosa e Novembro Azul. Não há indicadores que demonstrem a eficácia do Programa VemSer no objetivo de prevenção. Esse programa está sendo revisado.

 


 

Estender o programa de vacinação para além da campanha de prevenção de gripe, garantindo prevenção através da imunização.

 

As campanhas para prevenção da gripe têm ocorrido anualmente. No entanto, em 2016, houve involução. Dificuldades no acerto do valor da vacina, estabelecido pelo BCB e pago pelo PASBC, e o valor praticado pelo mercado, além da maior demanda, explicam essa falha na campanha.

 

No Rio, conseguiu-se aplicar a vacina tríplice contra a gripe pelo preço negociado (300 pessoas foram vacinadas em 2 dias de campanha). Contudo, embora a Coordenação de Benefícios local tenha tentado, a empresa não quis estender a campanha por mais um dia. Esse exemplo mostra a necessidade de aumento e valorização dos quadros nas regionais para a área do PASBC, dado que a ação do plano se dá regionalmente.

 

Observa-se que esta iniciativa poderia ser ampliada para outros tipos de vacina. Estudos comprovam que o custo de vacinar toda a população para determinadas doenças é menor do que o tratamento de apenas um caso de possível ocorrência.

 


 

Diagnosticar a eficiência do trabalho terceirizado do PASBC, em especial sobre reembolsos que têm levado mais de 60 dias para o ressarcimento e causado descredenciamento de profissionais.

 

Segundo o Depes, em 2015 o fluxo de reembolso passou por modernização em seu processo, sendo todo realizado de forma digital. Isso conferiu segurança e maior agilidade no processamento. Hoje, procedimentos de menor complexidade demoram cerca de 15 dias e os de maiores complexidades, até 30 dias.

 


 

Evitar constantes descredenciamentos no PASBC.

 

Trata-se de uma questão complexa, influenciada por muitos fatores: o interesse do próprio prestador, as tabelas negociadas, o relacionamento entre a Coordenação de Benefícios local e sua rede credenciada e a disponibilidade do corpo de servidores do PASBC para se envolver com esse tipo de trabalho.

 

A especificidade do trabalho de credenciamento requer tempo para reuniões muitas vezes fora do horário do expediente, exigindo tempo para contato, conhecimento e estabelecimento de vínculos profissionais. A carga diária de trabalho e o quadro de servidores em número baixo impedem que um trabalho mais incisivo possa ser feito com esse foco.

 


 

Estabelecer alternativas para proteger servidores e familiares quando em viagem fora das praças do BCB (em território nacional), como já assegurado aos aposentados e dependentes que vivem em outras cidades.

 

A extensão do convênio com a Cassi preencherá essa lacuna.

 


 

Instituir seguro viagem pago pelo PASBC.

 

Atualmente, o PASBC paga seguro nos casos de afastamento para o exterior para participação de cursos patrocinados pela instituição ou em missão oficial. Em âmbito nacional, viagens dessa natureza têm as despesas médicas oriundas de situações de emergência e urgência, reembolsadas em até 100% no regime de Livre Escolha. A extensão do convênio com a Cassi também contribuirá para assegurar esse benefício aos usuários do PASBC em viagens de outras naturezas, como férias, etc.

 


 

Ressarcir despesas com funeral para dependentes.

 

O auxílio-funeral ao servidor está previsto na Lei 8.112/90: Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento. Para o servidor do RJU, a família recebe um salário a mais e dois salários para o da CLT. O familiar apresenta as despesas do funeral, é ressarcido, sendo o restante depositado para o pensionista.

 

No caso de ressarcimento desse tipo de despesa para dependentes, existe um conflito de conceitos e uma infração ao Regulamento caso ele seja colocado em prática. O Art. 1º do Regulamento do PASBC define o objetivo do Programa: “oferecer os meios indispensáveis ao custeio da prevenção de doenças e à manutenção e recuperação da saúde dos servidores ativos e inativos do BCB, (…) bem como dos dependentes inscritos e pensionistas”. Dessa forma, a atuação do PASBC restringe-se às possibilidades de auxílio para a vida dos beneficiários.

 

Observe-se que a verba de funeral destinada aos servidores não está atrelada aos recursos do Faspe.

 


 

Assim, o espaço para atuação por parte do PASBC restringe-se à negociação de convênios que estabeleçam custos menores de assistência funeral, como o negociado pela ADRJA. Essa iniciativa pode ser adotada para outras Gerências Administrativas e/ou capitaneada pelo Sinal Regional.

 

O Sinal entende que a preservação e a melhoria da qualidade do PASBC são da maior importância, tratando-se de foco de ação sindical contínua. Nesse sentido, apoia firmemente o trabalho dos representantes dos servidores no CG, trazendo esse tema para debate com os filiados sempre que possível.

 

O autor agradece a ajuda dos colegas representantes do CG do PASBC na preparação deste texto. Lembra também que as opiniões aqui colocadas não representam o ponto de vista do Banco Central do Brasil.

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

 

 


Mais calor, por favor!

Época mais fria do ano requer vigilância contra excessos alimentares

 

Os meses mais frios do ano exigem de nosso organismo uma demanda adicional por energia, para auxílio na geração de calor e equilíbrio da temperatura corporal. Com isso, os hormônios ligados ao apetite são estimulados a elevar necessidade por cargas alimentares mais acentuadas. As saídas encontradas para este fenômeno, no entanto, podem ser grandes vilãs àqueles que pretendem manter o peso em dia.

 

O nutricionista esportivo Renato França afirma que o interesse por pratos mais gordurosos é normal, devido à maior oferta energética.

 

Mas como manter a alimentação sob controle em tais circunstâncias? O especialista observa: “O grande desafio, então, está na manutenção qualitativa da dieta. A boa conduta durante as refeições deve ser aplicada em todas as épocas do ano”.

 

França argumenta que, diferente dos animais, naturalmente mais propensos a comer em demasia durante o inverno, os seres humanos têm a possibilidade de se agasalhar e buscar alternativas. “Alimentos e bebidas quentes são preferenciais. As saladas, geralmente deixadas de lado nesta época, podem ser transformadas em sopas, mas sempre tomando cuidado com uma possível elevação no consumo de carboidratos”, pondera.

 

Para finalizar, o nutricionista adverte que as dietas mais apropriadas para cada caso devem ser aplicadas apenas sob orientação profissional.