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A sanção presidencial ao PLC36/2016, no último dia 29 de julho, garantiu um reajuste de 27,9%, parcelado em quatro etapas, aos Especialistas do Banco Central do Brasil. O percentual alcançado, sob forte mobilização em uma campanha salarial que se arrastou por todo o ano de 2015, não supre a corrosão inflacionária que vem acometendo os vencimentos da categoria nos últimos exercícios, no entanto reafirma a postura do Sinal em defesa de princípios históricos: a paridade entre ativos e aposentados e o subsídio.
Estes dois institutos foram colocados em xeque durante as negociações entre governo e carreiras do serviço público e, em alguns casos, desrespeitados. Desde o início das tratativas, o Sindicato deixou clara sua posição e assegurou, no termo de acordo com o Executivo, a manutenção de patamares remuneratórios idênticos, dentro do subsídio.
Com o acordo assinado no apagar das luzes de 2015, as ações do Sinal, já em 2016, se concentraram na luta pela aprovação tempestiva e integral dos termos firmados. Nesta edição da Plural, você confere a jornada no Congresso em busca do aval dos parlamentares, bem como a continuidade dos trabalhos pelas demandas ainda pendentes.
Pela preservação das garantias históricas e por um Banco Central forte. Em curso, de 21 a 25 de novembro, a 27ª Assembleia Nacional Deliberativa (AND) definirá diretrizes para ação do Sinal no próximo biênio. O mote, “Banco Central do Brasil: órgão de Estado a serviço da sociedade”, chama a atenção para o atendimento às crescentes demandas locais e a importância da valorização do corpo funcional autárquico. Delegados que representarão as dez seções regionais do Sinal falam de suas expectativas para o evento.
Miriam de Oliveira, servidora aposentada eleita por Brasília para compor os debates da AND vai além. Em entrevista à Plural, fala também sobre paridade e representação sindical da categoria.
Serviço público, suas demandas e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Servidores Públicos Federais dos Órgãos de Fiscalização, Investigação, Regulação e Controle (Fenafirc) em discussão numa entrevista com o presidente da entidade, Ogib Teixeira.
Nesta edição, a seção Prata da Casa faz uma homenagem a Luiz Carlos Alves de Freitas, o Freitão. Em foco, o histórico de luta em defesa da categoria e o bom serviço prestado ao BCB.
Ainda em destaque, um passeio pela cidade de Fortaleza, sede da AND. Verdes mares e monumentos arquitetônicos estampam o cenário de riqueza natural, histórica e cultural da capital cearense.
Resumo de ações judicias, experiências de voluntários na RIO 2016 a nova diretoria eleita do Instituto Mosap e dicas de saúde completam a pauta.
Com novas diretrizes traçadas e visando manter conquistas históricas, a luta segue.
Boa leitura e um ótimo 2017!
Daro Marcos Piffer
Presidente Nacional do Sinal
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Expediente
Sinal Plural
Revista do Sindicato Nacional dos
Funcionários do Banco Central (Sinal)
Sede Nacional
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Brasília - DF | Telefone: (61) 3322-8208
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Diretoria Executiva Nacional - Biênio 2015/2017
Presidente
Daro Marcos Piffer (São Paulo)
Diretor Secretário
Epitácio da Silva Ribeiro (Salvador)
Diretora Financeira
Ivonil Guimarães Dias de Carvalho (Curitiba)
Diretor de Assuntos Jurídicos
Jordan Alisson Pereira (Curitiba)
Diretor de Comunicação
Iso Sendacz (São Paulo)
Diretor de Relações Externas
Paulo Lino Gonçalves (São Paulo)
Diretor de Estudos Técnicos
Mauro Cattabriga de Barros (Belo Horizonte)
Diretor de Assuntos Previdenciários
José Vieira Leite (Rio de Janeiro)
Diretor de QVT
Márcio Silva de Araújo (Rio de Janeiro)
Diretora de Ações Estratégicas
Rita Girão (Brasília)
Presidentes Regionais
Belém - José Flávio Silva Corrêa
Belo Horizonte - Renato Fabiano Matheus
Brasília - Rita Girão
Curitiba - Enrikson Antonio Falabretti
Fortaleza - Francisco de Assis Tancredi Soares
Porto Alegre - Ricardo Luis Piccoli
Recife - José Milton Bezerra
Rio de Janeiro - Sergio da Luz Belsito
Salvador - Epitácio da Silva Ribeiro
São Paulo - Eduardo Stalin Silva
Conselho Editorial
Daro Marcos Piffer
Iso Sendacz
José Vieira Leite
Samuel Robson de Souza Oliveira (jornalista responsável)
Equipe da Sinal Plural
Editor
Samuel Robson de Souza Oliveira (MTb 0011124/DF)
Designer Gráfico
Milena Florentino da Silva
Suporte
Edemilson Santos Tavares
Jorge Manoel Custódio Júnior
Ficha Técnica
Impressão - Gráfica e Editora Ideal Ltda
Tiragem - 4500 exemplares
Impresso em Papel Couchê - Capa 170g|Miolo 90g
Por um Banco Central a serviço da
sociedade
Pelo fortalecimento da Autarquia e valorização de seu corpo funcional,
AND definirá diretrizes da atuação sindical para o próximo biênio
Construção de um Banco Central do Brasil voltado aos interesses e
demandas populares, em linha com o artigo 192 da Constituição federal,
dotado de um corpo funcional valorizado, revestido de autonomia técnica
e de representação sindical forte. Esta será a tônica dos debates que
integrarão a agenda da 27ª Assembleia Nacional Deliberativa (AND) do
Sinal, que ocorre de 21 a 25 de novembro, em Fortaleza.
Filiados irão definir, em sua instância máxima de deliberação, as
diretrizes da lida sindical para o próximo biênio. Os delegados, eleitos
nas dez praças que compõem a Autarquia, apresentarão e discutirão uma
série de propostas, entre elas a pauta reivindicatória que, após aval da
AND, segue à apreciação de toda a categoria em Assembleia Geral Nacional
(AGN), para ser validada e trabalhada no âmbito de atividade do Sinal.
Com o objetivo de estabelecer discussões profícuas e pontuais, para que
se faça valer o mote “Banco Central do Brasil: órgão de Estado a serviço
da sociedade”, foram definidos quatro Grupos de Trabalho sob as
seguintes temáticas:
-
Autonomia profissional e valorização
do servidor do Banco Central do Brasil;
-
Banco Central do Brasil,
desenvolvimento nacional e atendimento às demandas locais da
sociedade;
Ampliação da participação dos filiados; e
-
Campanha negocial (política salarial,
gestão do trabalho e QVT): pauta de reivindicações e formas de
mobilização.
-
Abrindo a programação, o Sindicato
realizará audiência pública na Assembleia Legislativa do Ceará, para
debater o papel da Autarquia, frente às crescentes necessidades do
povo brasileiro.
Sindicalismo
de Estado
Ogib Teixeira Filho, presidente da Fenafirc,
projeta ambiente de representação da entidade e avalia conjuntura e
demandas do serviço público
Em maio de 2014, nascia a Federação Nacional dos Sindicatos dos
Servidores Públicos Federais dos Órgãos de Fiscalização, Investigação,
Regulação e Controle (Fenafirc). Com participação ativa do Sinal desde
sua fundação, a entidade congrega sindicatos de carreiras com elevado
conhecimento técnico, vitais para o bom funcionamento do Estado.
Em entrevista à Sinal Plural, o presidente da Fenafirc e servidor
aposentado do Poder Legislativo, Ogib Teixeira Filho, fala da origem e
propósitos da Federação e avalia a conjuntura, desafios e demandas do
serviço público, bem como sua representação sindical.
De onde partiu o desejo de criar a Fenafirc? Qual o objetivo?
Surgiu da constatação de que precisávamos de uma entidade que se
organizasse e promovesse o diálogo entre técnicos do serviço público em
diversos assuntos. Todas as carreiras representadas pela Federação são
formadas por quadros muito bem preparados e que podem contribuir
grandemente para a discussão sobre o papel do Estado. Nós, servidores,
somos o Estado, a base fixa que dá sustentação ao país. Não é apenas uma
mera reunião de dirigentes sindicais, mas uma forma de promover debates
profícuos, com atores especializados, sobre a questão estrutural do
Estado e como esta estrutura pode atender à população da melhor maneira
possível. Este diálogo passa, necessariamente, pela valorização do
agente público e pelo atendimento aos pleitos de cada carreira.
O que falta para consolidar e credenciar a Fenafirc às diversas
frentes de debate entre o Executivo, o Legislativo e entidades
representativas do setor público?
Acredito que seja apenas uma questão de mostrarmos a cara. Mais do que
qualquer burocracia de registro sindical, que logo teremos. Nossas
propostas são sérias e bem estabelecidas. Estou certo de que, em breve,
por todo o país ouvirão falar da Federação, dos nossos procedimentos,
pauta e conduta. Isso tudo independente de política partidária. É
importante frisarmos que não temos pretensão de ser uma entidade de
partido no seio do funcionalismo público.
O que os filiados às diversas entidades que a Federação congrega
podem esperar, em defesa de suas reivindicações?
A luta incessante, sem dúvida alguma. Cada carreira tem suas
peculiaridades e necessidades estritas, obviamente. O que a Fenafirc
pode fazer é usar sua expertise, maturidade de seus dirigentes e
trânsito a serviço de toda demanda, desde que seja acionada.
E com relação à agenda reivindicatória comum, quais seriam os
principais pontos no momento?
Temos bandeiras como regulamentação da Convenção 151, da Organização
Internacional do Trabalho (OIT), que é libertadora e engloba todo um
contexto de debate sobre o mandato sindical, seu exercício e
importância. Neste ambiente é importante trazer à discussão aspectos
como a licença classista com ônus para a Administração Pública.
À época do veto a esta garantia, a então presidente Dilma Rousseff
argumentou que estaríamos criando uma despesa extra para o caixa do
governo, como se nós, no exercício de nosso cargo, já não
representássemos uma despesa na folha de pagamentos do órgão. Liberar
alguns dirigentes, com ônus para o Estado, não comprometerá as contas de
nenhum estado e é preciso que deixemos isso bem claro.
Nos últimos anos, temos visto um enfraquecimento dos órgãos de
regulação, fiscalização e controle, com redução de quadros e diminuição
da estrutura. Como a Fenafirc pretende atuar neste cenário?
O trabalho para reversão deste espectro é uma de nossas pautas mais
urgentes e importantes. A luta não é só para que a dotação legal seja
refeita, mas que seja revista, pois a população cresce e se modifica,
bem como as crescentes necessidades. Não é uma discussão apenas sobre
números, mas parte da capacidade de ação dos quadros, de fiscalização e
regulação. É preciso que o efetivo destes órgãos seja capaz de
acompanhar, com eficiência, os entes fiscalizados e regulados.
Outro fenômeno de enfraquecimento que deve ser combatido é a
terceirização no setor público. Técnicos de alta capacitação estão sendo
substituídos por mão-de-obra que não corresponde em qualificação às
exigências dos respectivos cargos. Triste também ver a quantidade de
funções comissionadas assumidas por agentes políticos, em detrimento de
quadros competentes e bem preparados, já existentes dentro dos próprios
órgãos.
E este cenário de precarização do setor público somado às implicações
da PEC55/2016 (antiga PEC241/2016), que limita investimentos na área?
Eu vejo esta medida como a destruição do Estado brasileiro, de toda a
capacidade que se tem de fornecer os serviços para os quais um Estado
existe. É a revogação de toda a ideologia de responsabilidades de um
governo para o seu povo. Nós agora vemos a atenção do Estado voltada ao
Sistema Financeiro. Isso tudo tem um preço, pago pelos trabalhadores e
por toda a população. Propostas como esta, que visam fazer economia
sobre o cidadão para o pagamento de juros da interminável dívida
pública, consistem num esquema, sem precedentes, de transferência de
renda aos bancos. É uma inversão de lógica em curso no nosso país.
A população precisa
reagir, com urgência e inteligência. Devemos cobrar dos legisladores em
nossas bases estaduais, pois estes são, em grande parte, os responsáveis
pelo ambiente de crise instalado no Brasil.
Como você avalia o atual engajamento da categoria à luta sindical,
uma vez que é fator preponderante para resultados satisfatórios frente
aos desafios impostos?
Vejo que ainda falta aos mais novos um reconhecimento às batalhas
travadas no passado e o entendimento do quão importante é engrossar o
coro para que possamos alcançar novas conquistas. Se a realidade hoje é,
no mínimo, razoável, significa que alguém lutou por isso, alguém
preparou a “cama”. Não fosse a lida sindical, a situação hoje seria bem
mais complicada, certamente.
É preciso um trabalho diuturno de conscientização, no intuito de tornar
a representação a cada dia mais forte.
Em
meio a ameaças, Frente em Defesa da Previdência promove audiências
públicas pelo país
Caravana já passou por quinze cidades
em quatro regiões; agenda de compromissos segue em novembro
Com o objetivo de desmistificar a falácia de déficit no setor e defender
a manutenção de garantias históricas, a Frente Parlamentar Mista em
Defesa da Previdência Social segue em excursão. A caravana já promoveu
quinze audiências públicas pelo país desde seu lançamento, no último dia
31 de maio, passando pelas regiões sul, sudeste, centro-oeste e
nordeste. No próximo dia 2 de dezembro, é a vez de Belém receber
atividade realizada pela Frente.
Coordenado pelo senador Paulo Paim (PT/RS) e pelo deputado Arnaldo Faria
de Sá (PTB/SP), o grupo congrega mais de oitenta sindicatos e
associações do serviço público e da iniciativa privada, além de
movimentos sociais.
O coletivo promove também reuniões semanais no Senado Federal para
debates, divulgação de estudos e encaminhamento de novas ações. A
Diretoria de Relações Externas do Sinal acompanha a agenda.
Falso déficit
Os defensores de ajustes no âmbito previdenciário lançam mão do falso
argumento de déficit nas contas da Seguridade Social. Estudo produzido
pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip)
- para nortear os trabalhos da Frente Parlamentar Mista - desnuda os
dados relativos ao setor nos últimos anos e revela a incoerência.
A tabela mostra os sucessivos superávits nos resultados da Seguridade
Social. No entanto, os números geralmente apresentados pelo governo
apontam defasagens. Isso se deve à falta de registro integral das
receitas que compõem o montante, como a Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e a Contribuição Social
Sobre o Lucro Líquido (CSLL), por exemplo.
Em linha com o cenário apresentado pela Anfip, no artigo “Financiamento
da Previdência Social: receitas, renúncias e recuperação de créditos”,
publicado pelo Apito Brasil, Luiz Roberto Pires Domingues Junior
sentencia: “Acredito que a discussão deva ser feita de forma mais
técnica possível, pois acredito firmemente que estão retirando
benefícios duramente conquistados, somente com a ideia de rombo da
previdência, que no caso dos servidores públicos é uma falácia”.
Não bastasse a simulação de déficit, o patrimônio público ainda sofre
com sucessivas políticas de desvinculação, que desviam recursos antes
destinados a investimentos sociais para outras finalidades de interesse
do Executivo. Segundo dados do Tesouro Nacional, de 2010 a 2014 cerca de
R$230 bilhões foram retirados da conta da Seguridade.
E a prática tende a se perpetuar. No último dia 8 de setembro, foi
promulgada a Emenda Constitucional 93/2016, que prorroga até 2023 a
Desvinculação de Receitas da União (DRU) relativas às contribuições
sociais, além de elevar de 20% para 30% o percentual a ser desvinculado.
Ainda no levantamento, a Anfip apresenta propostas para uma Previdência
justa e solidária, entre elas a revisão das renúncias, desonerações
fiscais e da DRU, “para que não incida sobre nenhuma das contribuições
sociais”.
Entre os principais prejuízos aventados aos servidores públicos na
anunciada reforma, estão a possibilidade de elevação, de 11% para 14%,
da contribuição previdenciária, além de uma possível deterioração do
instituto histórico da paridade entre ativos e aposentados.
“Novo Regime Fiscal” também ameaça
Enquanto o arcabouço do pacote de maldades é gestado e alvo de diversas
especulações, tramita no Senado Federal mais uma ameaça ao serviço
público, bem como a toda sociedade. A Proposta de Emenda à Constituição
(PEC) 55/2016 (antiga 241) visa estabelecer “novo regime fiscal” no
país. A matéria condiciona o crescimento dos gastos públicos primários à
inflação registrada no ano anterior, por um período de 20 anos.
A medida, já referendada pela Câmara dos Deputados, é vista como pauta
prioritária para o governo que, segundo analistas políticos, aguarda sua
aprovação pelo Congresso, para então dar feição final e apresentar a
proposta com os pretendidos ajustes previdenciários. Neste caso, as
restrições impostas pela PEC serviriam para delinear um panorama aos
demais cortes.
Na prática, haverá um congelamento de despesas vitais a áreas já
carentes de recursos. Os gastos com pessoal, que englobam novos
concursos para atendimento às demandas sociais e reajustes salariais a
servidores, por exemplo, também serão acomodados numa das prateleiras do
“freezer”.
Segundo análise do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar
(Diap) “não há qualquer aumento de tributo sobre os mais ricos, só corte
de direito dos mais pobres e dos que vivem de salário e de aposentadoria
e pensões”.
Em
artigo publicado no último dia 18 de outubro, Maria Lúcia Fatorelli,
presidente da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, alerta: “O Brasil tem
sido violentamente roubado pelo Sistema da Dívida. A PEC não irá
resolver o problema do país, mas representará privilégio brutal para o
setor financeiro privado e investidores sigilosos”, argumentando que a
economia feita sobre serviços para o povo é convertida em privilégios
aos credores dos passivos públicos.
No Boletim Legislativo “As Inconstitucionalidades do Novo Regime
Fiscal”, o consultor do Senado Federal Ronaldo Jorge Araújo Vieira
Júnior faz duras críticas à medida e recomenda que “o retrocesso social
também há de ser vedado, pois inexiste razão idônea quanto à necessidade
e adequação que justifique a promoção do referido congelamento de
despesas por vinte anos em uma conjuntura recessiva”.
Sociedade reage
Representações sindicais e uma série de movimentos da sociedade civil
promovem, há meses, mobilizações permanentes contra a proposta.
Audiências púbicas no Legislativo, manifestações de rua e diversos
seminários são realizados em todo o país. O assunto é pauta em reuniões
de servidores públicos, de trabalhadores da iniciativa privada e de
organizações estudantis.
Por meio de manifesto, o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores
Públicos Federais argumenta que “os serviços públicos serão
profundamente atingidos e as consequências serão imensamente
prejudiciais”, caso a matéria seja aprovada e convoca toda a população a
se “juntar à luta para impedir a aprovação dessa PEC”.
Instituto Mosap elege nova Diretoria
Em
assembleia no último dia 26 de outubro, entidades que integram o
Instituto Mosap elegeram a Diretoria Executiva, o Conselho Fiscal e o
Conselho Consultivo responsáveis pela gestão 2016 - 2019 do Movimento.
A assessora nacional do Sinal, Sandra de Sousa Leal, assumiu a Diretoria
de Comunicação. Edison Guilherme Haubert, do Sindicato dos Servidores do
Poder Legislativo Federal e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis)
segue na Presidência.
Confira abaixo a composição completa da nova diretoria:
Presidente: Edison Haubert (Sindilegis)
1º vice-presidente: Nélia Resende (Sindifisco Nacional)
2º vice-presidente: Misma Suhett (Anfip)
Diretor de Administração: João Bosco Silva (Asfagro / ANFFA)
Diretor de Finanças: Antônio Mendes Patriota (APAMPESP)
Diretor Jurídico: Marco Aurélio Gonsalves (Sinait)
Diretor de Assuntos Parlamentares: Eduardo Artur Moreira (Sindifisco
Nacional)
Diretora de Comunicação: Sandra de Sousa Leal (Sinal)
Conselho Fiscal:
Hugo Carvalho Moreira (Sinait)
José Luiz Brigido (ANFFA)
Maria Santíssima Marques (ANPREV)
Conselho Consultivo:
Lúcio Hagemann (Proifes)
Carlos Mota Coelho (ANPREV)
Bolivar Steinmetz (ADPF)
Paulo César de Souza (ANASPS)
Evandro Dias Costa (ANAPE)
Antônio Tuccilio (CNSP)
Antônio Carlos Moreira (AFPESP)
José Avelino Neto (Anfip)
Roberto Guimarães (ASA-CD)
José Jesus Bale (Sinpait)
Lígia Fidelis Souza (ADAUFC)
Pioneirismo
O Movimento dos Servidores Aposentados e Pensionistas (Mosap) consiste
numa frente de vanguarda em defesa de direitos e conquista de novas
garantias a aposentados e pensionistas do serviço público federal,
estadual e municipal.
Idealizada à época da Assembleia Constituinte (1987-1988), a organização
tem entre suas principais bandeiras de luta a PEC555/2006, que extingue
a cobrança de contribuição previdenciária a servidores aposentados e
pensionistas. Sobre estas e outras demandas, o presidente Edison Haubert
concedeu entrevista à edição 23 da Sinal Plural.
Ação da Glosa:
mais um processo com vitória dos servidores
A ação da glosa, processo n° 2007.34.00.020550-4, em trâmite na 2ª Vara
Federal do Distrito Federal, transitou em julgado em 05 de agosto de
2016, com decisão favorável. Assim, daremos início à fase de cumprimento
de sentença para recebimento dos valores.
Essa ação foi feita para 147 servidores que receberam
administrativamente em novembro de 2002 valores atrasados referentes à
devolução de verbas glosadas com base no “subteto”, criado pela
MP985/95.
Devido à revogação da lei que estabelecia este teto pela EC19/98, a
Secretaria de Recursos Humanos do Ministério da Fazenda reconheceu o
direito dos servidores “glosados” à devolução das verbas indevidamente
retidas.
O Sinal já está trabalhando junto com os advogados responsáveis pela
ação na elaboração dos cálculos e início da fase executória.
Quintos e décimos
O Sinal ajuizou Mandado de Segurança Coletivo para toda a categoria,
pleiteando a incorporação de quintos aos substituídos até 5 de setembro
de 2001, conforme estabelecido pela MP2.225-45/2001, bem como as
atualizações necessárias às parcelas incorporadas, desde a lesão.
A ação foi vitoriosa e o Banco Central apresentou a relação das pessoas
que têm direito a essa incorporação e os respectivos valores, em
setembro de 2016.
Para iniciarmos a execução da ação, devemos apresentar em juízo os
valores que entendemos devidos. Contudo, para fazermos isso com
segurança precisamos avaliar a memória de cálculo que subsidiou o
fornecimento dos valores pelo Banco Central, que ainda não está anexa ao
processo.
O Sinal entende que a maneira mais segura é aguardarmos a apresentação
da memória de cálculo. Todavia, o Sindicato iniciará imediatamente a
execução, com base nos valores apresentados pelo Banco, para os filiados
que desejarem.
Ressaltamos que, apesar do trânsito em julgado da decisão do Superior
Tribunal de Justiça (STJ), o Banco deverá questionar a execução, como já
indicou na petição que apresentou os valores em juízo, na qual afirma,
inclusive, que não reconhece os valores como devidos.
A procuração que deve ser assinada pelos filiados para participar da
execução está disponível no Portal Jurídico do Sinal ou em sua Regional.
Legado Olímpico
Voluntários nos Jogos Olímpicos e
Paralímpicos do Rio de Janeiro, servidores do BC falam de experiências,
aprendizado e momentos inusitados vividos no mais importante evento
desportivo do planeta
Realização, conquista, histórias de superação e sacrifício. Nem só os
grandes nomes do esporte tiveram o privilégio de vivenciar momentos
únicos durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, em
agosto e setembro passados. Por trás das cortinas do apoteótico
espetáculo esportivo, também houve quem se preparou, enfrentou
verdadeiras maratonas e deu show para o mundo inteiro ver. Aventuras de
verdadeiros heróis que não ganharam os holofotes, mas mereceram ouro.
Os 50 mil voluntários credenciados pelo Comitê Organizador da Rio 2016,
que trabalharam no apoio logístico às competições, garantiram aos
atletas a segurança de que tudo estivesse em ordem para que o trabalho
fosse realizado com a maior tranquilidade possível. Ao público,
apontaram os caminhos que levavam à magia das arenas. Aos profissionais
de imprensa, deram aquela mãozinha para que a comunicação na torre de
babel do Jogos estivesse livre de ruídos.
Em meio aos ilustres desconhecidos, dois servidores do Banco Central do
Brasil relatam à Sinal Plural suas experiências, aprendizado e situações
inusitadas vividas durante o mais importante evento do esporte no
planeta:
Thank you so much, merci
beaucoup...
O
servidor recém-aposentado Sérgio Manhães dedicou grande parte de sua
atividade nos Jogos à tarefa de tradução. Lotado no Maracanãzinho, onde
ocorreram as partidas de voleibol, sempre a postos na zona mista (setor
pelo qual os atletas passam após as competições, em direção aos
vestiários), foi intérprete de atletas e jornalistas nas entrevistas em
inglês e francês. “Quem mais trabalhou na área foram os voluntários
russos e chineses”, conta.
Um episódio mais tenso também marcou a passagem pelo evento. Manhães
conta que teve de validar um depoimento à delegacia de polícia. “Teve um
dia em que fui solicitado para ajudar na tradução de um chefe de
delegação de atletismo da Índia. O técnico da equipe, que era russo,
havia agredido uma paramédica americana. Tive que ouvir o depoimento do
chefe, juntamente a uma policial e confirmar a tradução”, relata. “Foi
meio tenso, mas no final tudo se resolveu. Ele se desculpou e a
paramédica retirou a queixa”, completa.
Enquanto as partidas ocorriam, e não havia entrevistas, Manhães indicava
ao público os assentos numerados nos ginásios. “Encontrei alguns amigos
que se surpreenderam em me ver trabalhando”, lembra.
Para cumprir a jornada olímpica, afirma que chegou a tirar uns dias de
férias do BC. À época dos Jogos Paralímpicos - competição em que foi
alocado no atendimento ao público da arena de baquete para cadeirantes
-, já havia se aposentado da Autarquia.
Momento ímpar
“Participei
como voluntário nas Olimpíadas e Paralimpíadas, entendendo que seria
minha oportunidade única de auxiliar em um dos eventos mais importantes
para nosso país e em especial para nossa cidade”, observa Ricardo
Danziger, servidor da ativa, que dedicou horas de apoio aos atletas nas
provas de maratona aquática e triátlon, na região de Copacabana.
Além de apaixonado pelos Jogos, Danziger, conta, teve o privilégio de
ver em ação grandes profissionais de modalidades que exercita no
cotidiano. “Exatamente o que queria, já que pratico de forma amadora a
corrida e natação em águas abertas. Sou interessado em esportes, não
pela competição em si, mas pela melhoria na saúde de quem pratica”,
ressalta.
O voluntário destaca como episódio mais marcante na vivência da Rio 2016
o auxílio aos triatletas nas Paralimpíadas. Na ocasião, foi alocado na
equipe de “swim exit handlers” (manipuladores de saída de natação, em
tradução literal), grupo que executa o transporte de atletas do mar para
a área de preparação das provas de ciclismo. “Gratificante”, classifica.
Aperte o cinto!
Traslado em carro de golfe por um trajeto de 500 metros. Tarefa simples
e segura, a princípio. Não para um árbitro desprevenido e um piloto
inexperiente. Apesar dos veículos não desenvolverem alta velocidade,
possuem certo arranque, sendo necessária uma adaptação aos motoristas.
“Em uma das primeiras viagens, um dos árbitros sentou-se no banco de
trás, em que o passageiro fica virado ao contrário. Avisei que ia sair,
mas ele não se segurou e ao sair, acabou caindo no chão”, recorda.
Apesar da queda, tudo não passou de um susto e, até o fim do evento, as
risadas foram garantidas.
Legado
Além de boas histórias a contar, fica a sensação de dever cumprido.
Enquanto Danziger enfatiza a “gratidão” por ter feito parte do maior
espetáculo desportivo do mundo, sem precedentes na história do país,
Manhães olha para o futuro e projeta um novo desafio. “Valeu muito a
experiência. Já havia participado como voluntário no Pan-americano de
2007 (também no Rio de Janeiro). Enfim, foi fantástico e muitos já
sonham em participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio (em 2020)”, finaliza.
Atuação do Sinal garante
manutenção de paridade entre ativos, aposentados e pensionistas
A Lei 13.327, sancionada no último dia 29 de julho, estabeleceu o
reajuste de Especialistas do Banco Central do Brasil por um período
de quatro anos. A garantia de percepção do montante - que totaliza
27,9% de aumento salarial - não repõe de maneira suficiente as
consecutivas perdas inflacionárias dos últimos anos, todavia
assegura bandeiras históricas do Sinal: a manutenção de patamares
remuneratórios iguais a ativos, aposentados e pensionistas, além da
defesa do subsídio.
Desde o início das tratativas com o governo, no primeiro trimestre
de 2015, o Sinal reforçou sua postura em defesa da paridade. Ainda
durante a composição da pauta reivindicatória do Fórum das Entidades
Nacionais dos Servidores Públicos Federais, que norteou uma série de
diálogos entre diversas representações sindicais e o Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)no ano passado, o Sindicato
participou ativamente da definição dos eixos e endossou a luta por
igualdade de garantias.
Mais tarde, no período de encaminhamento das propostas pelo MPOG às
entidades, cresceram os rumores de remunerações variáveis e
gratificações diferenciadas a ativos e aposentados, o que acabou
efetivando-se, posteriormente, nas carreiras jurídica e tributária.
O Sinal, por sua vez, manteve posição firme e rechaçou qualquer
desalinhamento remuneratório. Para o diretor de Assuntos
Previdenciários, José Leite, a atuação do Sindicato consistiu num
ato de “justiça e consolidou um importante pilar da ação sindical”.
Tal comportamento, obrigou o governo a recuar e reestruturar a
proposta, dividindo o que seria um bônus restrito a ativos com toda
a carreia de Especialista do BC.
Amparado pela decisão do corpo funcional da Casa, em Assembleia
Geral Nacional (AGN) realizada no dia 22 de dezembro de 2015, o
Sindicato firmou acordo com o Executivo. Fruto do pacto assinado, o
projeto de lei que tratava dos reajustes, bem como da exigência de
nível superior para ingresso no cargo de Técnico, foi enviado ao
Congresso no dia 30 de dezembro. A mesma matéria versava também
sobre os reajustes de Procuradores do Banco Central.
Pauta Prioritária
Diante do ambiente de ajustes promovidos e pretendidos pelo governo
federal, o Sinal engendrou esforços já no primeiro semestre de 2016
pelo cumprimento integral do acordo, com a consequente aprovação do
dispositivo legal que versava sobre os termos firmados junto ao MPOG.
O clima de instabilidade política acabou retardando a instalação das
Comissões Permanentes na Câmara dos Deputados, o que atrasou o
início da tramitação do reajuste na Casa e reduziu o prazo para
ações do Sindicato junto aos parlamentares. Veja a seguir parte das
mobilizações desenvolvidas pelo Sinal, que contaram com a
participação decisiva dos filiados:
Parcelas de
reajuste garantidas pela Lei 13.327/2016:
5,5% agosto de 2016
6,99% janeiro de 2017
6,65% janeiro de 2018
6,31% janeiro de 2019
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Luta que segue...
A aprovação da Lei 13327/2016, no entanto, não encerrou as demandas
acordadas entre o Sinal e o Ministério do Planejamento. Ao sancionar o
projeto de lei aprovado pelo Legislativo, a Presidência da República
vetou os artigos que passavam a classificar o cargo de Técnico da
Autarquia como de nível superior.
A instalação de um Grupo de Trabalho (GT), para tratar da modernização
da carreira de Especialista e o realinhamento remuneratório interno,
segue sem data definida. Quanto ao reajuste dos celetistas reintegrados
ao Banco Central no início da última década, mais indefinição.
Dias após a sanção presidencial, o Sinal oficiou o BC, exigindo
audiência com a Comissão Estratégica da Casa, para tratar do
descumprimento de cláusulas do Termo de Acordo firmado com a categoria.
Os pleitos estiveram em pauta nas reuniões entre o Sindicato e o órgão
nos dias 11 de agosto e 26 de setembro. A Comissão garantiu buscar a
interlocução da Secretaria de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho
no Serviço Público (SEGRT), do Ministério do Planejamento,
Desenvolvimento e Gestão (MP), com o objetivo de discutir as
reivindicações.
A falta de isonomia entre carreiras de semelhante importância para o
Estado, também instigou um clima de insatisfação em meio aos
Especialistas. Propostas diferenciadas oferecidas pelo governo a
servidores da Receita Federal do Brasil e da Polícia Federal ameaçam
acentuar, ainda mais, as assimetrias remuneratórias já existentes. A
pauta permeou debates em Assembleias Regionais e encontros da Diretoria
Executiva Nacional (Direx) do Sinal com o corpo funcional em diversas
praças, como Salvador (14/9), Recife (15/9), Belo Horizonte (26/9) e Rio
de Janeiro (20/10).
Questionado sobre o assunto durante evento da Semana de Cultura
Organizacional do BC, no último dia 22 de setembro, o presidente da
Casa, Ilan Goldfajn, se declarou contrário às diferenciações
remuneratórias e manifestou preocupação com uma possível perda de
quadros devido ao cenário. No entanto, argumentou que espera o desfecho
da tramitação dos projetos que reajustam vencimentos de outras
carreiras, para “avaliar a repercussão”.
A cobrança por providências contra o distanciamento salarial e em favor
do pleno cumprimento das garantias prometidas pelo Executivo motivou
também encontros com a SEGRT. Nos dias 15 de agosto e 5 de outubro, em
reuniões com o secretário Augusto Akira Chiba, diretores do Sindicato
cobraram celeridade e empenho para sanar os pontos ainda pendentes de
encaminhamentos. “Não adianta nos reunirmos apenas para conversar. O que
precisamos é, efetivamente, suprir as necessidades apresentadas”,
observou Daro Piffer, presidente nacional do Sinal.
O Sindicato segue aguardando providências e provocando os órgãos
competentes para uma célere resolução das demandas.
Sinal Plural, a servidora aposentada
Miriam de Oliveira exalta a manutenção da paridade entre ativos a
aposentados e fala das perspectivas para as definições da 27ª AND
Miriam de Oliveira é servidora aposentada do Banco Central do Brasil, a
quem dedicou mais de 30 anos de sua vida laboral. Como chefe do
Departamento de Gestão de Pessoas (Depes), por 3 anos, conheceu de perto
uma série de demandas do corpo funcional da Casa. Hoje, é voz presente
nos debates acerca de pleitos da categoria.
Em entrevista à Plural, ela avalia a manutenção do subsídio e da
paridade entre ativos e aposentados, após uma campanha salarial cheia de
entraves e dificuldades, opina sobre os perigos dos anunciados ajustes
previdenciários e revela as expectativas para a 27ª Assembleia Nacional
Deliberativa (AND), instância máxima do Sindicato, para a qual foi
eleita entre os delegados de Brasília.
Como você avalia a manutenção de patamares remuneratórios idênticos a
ativos e aposentados, visto que diversas carreiras firmaram acordo
salarial com o governo no último ano e, em alguns casos, houve uma
quebra deste parâmetro histórico?
Eu acho que o encaminhamento dado pelo Sinal foi o correto. Há anos,
quando da implementação do subsídio, uma das vantagens apresentadas era,
justamente, a paridade. E algumas pessoas pagaram um preço alto por esta
conquista. Portanto, não veria sentido em mudar tudo isso novamente, sem
uma perspectiva clara de política salarial que garanta tranquilidade ao
servidor aposentado. No serviço público o horizonte remuneratório para o
aposentado é a paridade. Quando se rompe este instituto, o tal horizonte
deixa de ser vislumbrado. Por isso acho acertada a postura do Sindicato
na defesa da paridade.
Como vê esta tendência a uma política de remunerações variáveis, uma
vez que geralmente esta modalidade de vencimentos está atrelada ao
desempenho?
A instituição de bônus, como vimos em alguns casos, configura a quebra
da paridade. As carreiras que o aceitaram, mesmo aquelas que se
mantiveram no subsídio, viram valores distintos aplicados a ativos e
aposentados, ou seja, houve quebra da paridade. Por uma questão de
princípios, sou contra.
Sobre remunerações condicionadas a desempenho na Administração
Pública, há que se observar um ponto muito importante: o servidor recebe
seu subsídio para bem desempenhar suas funções. Existem pessoas que
pensam diferente. No entanto, minha pergunta é: aqueles que defendem
gratificações por bom desempenho seriam capazes de defender uma eventual
demissão por mau desempenho?
Bônus de produtividade para a carreira é uma forma de quebrar a
paridade. Se o valor a ser pago é o mesmo para todos, acho justo que se
divida pela totalidade de seu quadro, como foi feito no caso dos
Especialistas do Banco Central, na campanha passada. O governo havia
oferecido bônus para algumas carreiras, antes que o bônus fosse
oferecido ao BC, houve uma mobilização contra a quebra da paridade. As
discussões internas mantiveram-se em defesa da paridade e o Executivo
teve de chegar a um percentual similar para toda a carreira.
No caso dos cargos que compõem a Receita Federal do Brasil, houve,
ainda, um agravante: a saída do subsídio.
Consiste num grave prejuízo para todos os aposentados, mais cruelmente
àqueles que, lá atrás, se esforçaram por isso. Esta é uma discussão
sempre presente em fóruns de debate entre aposentados. Sei que, do ponto
de vista da gestão de pessoas, não é uma situação fácil de se conciliar
para o governo. Há, inclusive, um número significativo de servidores da
ativa que defendem estas formas de vencimentos com parcelas variáveis.
Mas é preciso considerar, para fins de aposentadoria, que quanto maior
for esta parcela variável aplicada à remuneração, maior será a diferença
entre o que ele recebe hoje e o que receberá no futuro.
Reforma da Previdência anunciada, porém com arcabouço ainda
indefinido e alvo de muitas especulações. O quanto isso preocupa, do
ponto de vista da manutenção de garantias históricas?
Eu acho que o governo irá propor o fim da paridade. Todavia, nossa
posição é de brigar e mostrar que não faz sentido afetar um grupo de
cidadãos que contribuiu durante décadas, se aposentou com uma
perspectiva salarial definida e agora, à força, tentar reconfigurar todo
o cenário. É obrigação de todos nós defender o respeito ao direito
adquirido.
Outra coisa que devemos discutir no bojo da reforma previdenciária é a
contribuição sobre os proventos dos aposentados. Temos que batalhar,
buscar diálogo com os gestores e legisladores responsáveis e resgatar os
debates sobre a PEC555/2006.
Em
meio a esta série de especulações sobre os moldes da reforma da
previdenciária, houve rumores de quebra da paridade, porém com reajustes
anuais pela inflação aos aposentados. Considerando que nos últimos anos
não conseguimos reposições que suprissem a alta dos preços, isso poderia
ser uma vantagem?
É preciso analisar com muito cuidado. Que reajuste é este que viria para
os aposentados, garantiria a manutenção do poder de compra e
substituiria, com vantagens, a paridade? Por enquanto este cenário de
ajuste ainda é nebuloso. O Corrosômetro do Sinal, por exemplo, mostra
que, nos últimos anos, o nosso poder de compra não vem sendo garantido.
No momento, só consigo enxergar a paridade, que é nossa garantia
Constitucional. Ainda tenho uma dificuldade grande de projetar
alternativas, sem que surjam propostas claras e um debate aberto.
Como delegada eleita para a 27ª AND, de que forma vê a
responsabilidade de discutir e participar da definição de diretrizes do
Sinal para o próximo biênio?
Apavorante! (risos)
Eu encaro como uma grande responsabilidade. Tenho estudado bastante, me
debruçado sobre o estatuto, regimento e relatórios preliminares. Espero
corresponder à altura o voto de confiança que deram a mim. Fui eleita
com uma plataforma definida, mas pode ocorrer de minhas propostas não
serem aprovadas. É uma situação complicada, pois este tipo de coisa é
possível num processo democrático. Então, preciso demonstrar empenho e
determinação para que minha plataforma seja ouvida e discutida e que
haja, ao fim, a certeza de que fiz o melhor que pude.
Que avaliação faz do equilíbrio numérico entre delegados ativos e
aposentados eleitos para a AND, do ponto de vista da representatividade?
Fico feliz em ver que os aposentados da Casa estão muito bem
representados e participativos no processo de deliberação. No entanto,
de um modo geral, acho que falta ainda um pouco de entendimento, por
parte dos filiados, sobre a importância da AND. Acredito que um trabalho
pós-evento, de divulgação dos encaminhamentos acerca das resoluções,
pode contribuir para a elevação do engajamento e conscientização.
Quais são suas expectativas para a AND?
Espero que saiamos com diretrizes claras, que permitam ao Sinal promover
um trabalho organizado. Que fique bem definido para o Sindicato o que
deve ser feito e para o filiado o que deve ser cobrado. E espero
contribuir bastante para isso.
Sob a ótica de aposentada e filiada, em que pontos acredita que sua
representação, por parte do Sinal, pode avançar?
Imagino que seja uma questão de interação. Talvez os meios de divulgação
institucional devam permitir um retorno mais interativo, mais debate com
o Sindicato e mais intervenção, não só dos aposentados, mas dos filiados
como um todo. Vejo a internet, por exemplo, como um canal muito eficaz
de organização da luta sindical, de criação de mecanismos para
acompanhamento das deliberações e, consequentemente, de participação.
Eu acho que o encaminhamento dado pelo Sinal foi o correto. Há anos,
quando da implementação do subsídio, uma das vantagens apresentadas era,
justamente, a paridade. E algumas pessoas pagaram um preço alto por esta
conquista.
Eu acho que o governo vem pra cima da paridade. É obrigação de todos nós
defender o respeito ao direito adquirido.
O companheiro Freitão
Servidor responsável e diretor
dedicado, nossa Prata da Casa constrói histórias de respeito, admiração
e amizade por onde passa
Empenho, responsabilidade e dedicação ao
Banco Central do Brasil e à representação dos servidores da Autarquia,
pelo Sinal. Os entrevistados da Plural são unânimes quando o assunto é a
trajetória de Luiz Carlos Alves de Freitas, ou simplesmente o “Freitão”,
homenageado desta edição e Prata da Casa mais que especial.
Hoje aposentado, nosso personagem iniciou sua jornada laboral no BCB em
1984, na cidade de São Paulo, dois anos após ser aprovado no último
concurso para a carreira Auditor da Casa, em Curitiba.
De volta à capital paranaense e sempre dotado de uma conduta séria e
muita disposição ao trabalho, se destacou desde o início nas mais
diversas incursões do Departamento de Fiscalização do órgão. A atual
diretora de Assuntos Financeiros do Sinal, companheira de jornada e
amiga, Ivonil Guimarães, lembra: “Éramos conhecidos, ou sempre dizíamos
ser os cavalos de carga da fiscalização. Havia cursos de capacitação
disponíveis? Freitas e Ivonil nunca eram indicados, tinham de trabalhar.
E foi assim até a extinção da fiscalização em Curitiba”.
Dupla implacável!
Com
o fim das atividades de fiscalização, baseadas na cidade, servidores do
setor foram lotados em outras praças. A Diretora da pasta no BCB à
época, Tereza Grossi, tentou os convencer pessoalmente a deixar a
capital. “Foi uma verdadeira luta. Conversamos muito e optamos por FICAR
E DEFENDER todos os que não quisessem ser transferidos. Entramos e
ganhamos na justiça. Só sairia de Curitiba quem quisesse”, relata Ivonil,
que assumiu a Presidência do Sindicato na seção local, em setembro de
1999, “no olho do furacão das transferências”, em substituição a Denise
Aguiar.
“E assim foi. Nossa luta sempre conjunta. Tudo discutíamos. Não lembro
de trabalhos individuais, lembro do conjunto Freitas e Ivonil”, encerra.
Atividade sindical
O grande caráter e diligência são traços marcantes também de sua atuação
em favor da categoria. Freitas foi presidente da seção regional Sinal.
“O foco em alcançar os objetivos, sejam eles individuais ou coletivos, e
a obstinação que sempre teve para tratar de assuntos dos filiados”,
destaca o companheiro de BCB e de Sindicato, Ronaldo Ferreira, como
principal característica.
O amigo, inclusive, atribui ao Freitão a responsabilidade por estar hoje
no Sinal. “Em consequência, quando fui por ele convidado para a
diretoria, decidi rapidamente por participar do sindicato”, conta.
Na Diretoria Executiva Nacional (Direx), ocupou as pastas de Assuntos
Jurídicos e Assuntos Financeiros. O ex-presidente do Sinal, Sérgio
Belsito, exalta o empenho dedicado aos mais diversos pleitos
apresentados no período. “Tanto como diretor Financeiro, quanto na área
jurídica, ele prestou relevantes serviços. Pessoa digna e sempre
aplicada a conhecer mais a respeito das demandas. De opinião forte e
respeitada”, enfatiza.
Vale lembrar que Freitas foi um dos pioneiros e mais atuantes
representantes eleitos pelos servidores para o Conselho Gestor do PASBC.
“Sempre juntos na defesa dos filiados, sempre juntos na luta
sinaleira, tenho o maior orgulho de ter trabalhado, e lutado
ao lado desse bravo companheiro de uma honestidade e
fidelidade a toda prova, e de ainda poder contar do seu
círculo de amizades”.
Ivonil Guimarães
“Entre outras características dele, a aptidão e convicção
pela relevância do planejamento e das peças orçamentárias, a
visão de longo prazo em relação aos temas, as metas claras,
as tomadas de decisão, a disciplina para manter-se no
caminho traçado e o foco, foram elementos que nos alinharam
para um convívio respeitoso, qualitativo e de crescimento”.
Ronaldo Ferreira
“Durante todo o período em que fui presidente do Sinal e ele
subordinado a uma Diretoria Executiva, se mostrou sempre
fiel aos seus princípios, ao Sindicato, sempre foi correto e
firme a toda prova”.
Sérgio Belsito
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Fortaleza
Paisagens naturais e
monumentos arquitetônicos estampam o cenário de riqueza histórica e
cultural da capital cearense
Capital Alencarina. Entre as diversas denominações
conhecidas popularmente, uma homenagem a seu grande romancista, José de
Alencar, que, a partir dos versos acima, começava a narrar, há mais de
150 anos, o conto de amor entre Iracema e Martim. De fato, os verdes
mares da capital cearense dão o arremate perfeito e ajudam a contar a
rica história desta cidade.
O marco inicial e a ascensão
Após uma série de confrontos que envolveram portugueses, holandeses e
nativos nos séculos XVI e XVII, foi estabelecido, em 1654, o Forte de
Nossa Senhora da Assunção, no ponto de partida em que, mais tarde, o
tímido povoado dos arredores, baseado na pecuária, se tornaria uma
verdadeira metrópole.
Mais tarde, no século XIX, a cidade passou por um vistoso processo de
urbanização, tornando-se um dos oito maiores centros do país, em muito
impulsionada pela cultura do algodão e crescimento populacional,
motivado pela chegada de sertanejos em fuga das secas que atingiam o
interior do estado cearense.
Desenvolvida e de economia diversificada, a capital possui hoje, segundo
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de
2,6 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de,
aproximadamente, R$49 bilhões.
Protagonismo abolicionista
O estado cearense foi pioneiro na abolição da escravatura no país. O fim
do tráfico negreiro, em 1884, foi a consagração da luta organizada de
movimentos abolicionistas e heróis da resistência, que tiveram como uma
de suas figuras mais marcantes o jangadeiro Francisco José do
Nascimento, também conhecido como Chico da Matilde, ou Dragão do Mar.
Sensibilizado com a degradação dos escravos, em 1881, Dragão do Mar se
uniu à Sociedade Libertadora Cearense, entidade fundada no ano anterior
e que contava com o apoio de grandes nomes da luta pela libertação, como
Bezerra de Menezes e José do Patrocínio, este último, líder no Rio de
Janeiro.
Num dos atos de bravura mais marcantes de todo o processo, Francisco do
Nascimento conclamou o fechamento do Porto de Fortaleza, impedindo o
transporte de escravos para o sul do Brasil.
Com uma sintonia perfeita entre terra e mar, fortaleza apresenta um
repertório vasto aos mais de 3 milhões de turistas que visitam a cidade
anualmente (segundo dados da secretaria de turismo do ceará). Dos dias
mais ensolarados às fervorosas noites de humor, as opções são diversas.
Conheça algumas:
Abrimos a lista pela obra-prima mais cantada, proseada e exaltada da
capital: o mar. Considerada por sites especializados a melhor da cidade,
a praia do Futuro possui uma boa estrutura de barracas, quiosques e
restaurantes. A temperatura agradável da água costuma agradar aos
banhistas.
1- Para quem tiver mais tempo e disposição, vale a pena conhecer o Beach
Park, o maior parque aquático da América Latina, e as praias na
circunvizinhança de Fortaleza, como Cumbuco, Canoa Quebrada e Morro
Branco.
Dia e noite, uma caminhada pela Avenida Beira-Mar é uma ótima pedida. Ao
longo do calçadão que une Iracema, Meireles e Mucuripe, há vários
restaurantes e hotéis.
2- Em terra firme, a arquitetura dá belos traços à cidade. A Catedral
Metropolitana, na região central, é uma edificação inspirada na catedral
francesa de Notre Dame, com três mil metros de área. Sua construção
durou cerca de quarenta anos.
3- Concertos, musicais e dramatizações. Arte local, nacional e
internacional tem espaço nas salas do imponente Theatro José de Alencar.
Construída em 1910, a estrutura de ferro apresenta traços de Art Nouveau.
Além do cronograma de espetáculos, os interessados podem fazer uma
visita guiada às instalações.
4- Para quem procura uma programação variada, o Centro Dragão do Mar de
Arte e Cultura é o lugar certo. Cinema, teatro, exposições, biblioteca e
planetário, numa área de, aproximadamente, 30 mil metros quadrados. À
noite, os bares ao redor do Complexo dão um charme especial e oferecem
boas opções de música ao vivo.
Às compras!
5- Os traços característicos do artesanato local têm uma grande tela de
exposição no Mercado Central de Fortaleza. São cinco pisos e centenas de
lojas, que oferecem utensílios para o lar, artigos de decoração, roupas,
sapatos e alimentação típicos da região.
6- A feirinha noturna na Avenida Beira-Mar, na Praia do Meireles,
funciona diariamente, a partir das 17h, também com o melhor do
artesanato local.
Riso Solto
Fortaleza é conhecida como a capital mundial do humor. A cidade possui,
inclusive, um teatro exclusivo para o gênero. O espaço apresenta cinco
sessões semanais, com humoristas reconhecidos nacionalmente, como
Adamastor Pitaco e Zé Modesto.
Conta a história que o nome da cidade se deve ao Forte (ou Fortaleza) de
Nossa Senhora da Assunção, ponto de partida do povoado, que mais tarde
se tornaria a grande metrópole. A edificação foi construída em 1649
pelos holandeses e chamava-se Forte Schoonenborch. Após décadas de
confrontos na região, os portugueses assumiram o controle da estrutura e
a rebatizaram em homenagem à, hoje, padroeira da capital cearense.
Preparo:
Corte o abacaxi ao meio e retire o miolo.
Em seguida, raspe com uma colher, deixando só a casca, e
reserve para rechear.
Corte o miolo em cubos e reserve.
Pique a cebola, o alho e reserve
Tempere o camarão com limão, sal e pimenta-do-reino a gosto
Aqueça uma panela com óleo e doure a cebola e o alho.
Junte os camarões e deixe refogar até ficar com tom
alaranjado.
Adicione metade do abacaxi picado, o leite de coco e deixe
ferver.
Adicione o coentro.
Coloque o queijo cremoso e mexa até dissolver totalmente.
Desligue o fogo.
Em um refratário, coloque as duas cascas do abacaxi com a
parte aberta para cima.
Recheie a casca do abacaxi com o creme de camarão.
Polvilhe primeiro com farinha de rosca e depois com o queijo
parmesão ralado.
Leve somente para gratinar em forno preaquecido a 280º;
retire quando o queijo parmesão gratinar e ficar
consistente.
(Fonte: GNT) |
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Ingredientes:
1 abacaxi inteiro
500g de camarão médio sem casca
200g de queijo cremoso
200ml de leite de coco
3 dentes de alho
1 cebola
1 limão
Coentro (a gosto)
Pimenta-do-reino (a gosto)
Sal (a gosto)
4 colheres (sopa) de óleo
Farinha de rosca (para gratinar)
100g de queijo parmesão
(para gratinar)
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5 sinais de que você talvez não esteja
consumindo proteínas suficientes
Você chega em casa depois do trabalho
extremamente cansado, quase se arrastando? A dor nos músculos é
constante e não vai embora? Você perde cabelo na mesma velocidade com a
qual ganha rugas?
Se algum desses sinais lhe soa familiar, você vai se surpreender ao
saber que pode estar relacionado à ingestão de proteína (pobre).
“O mais comum é que as pessoas consumam proteínas em excesso”, disse
Aisling Pigott, porta-voz da Associação de Nutricionistas do Reino
Unido, à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC.
“Mas as dietas muito baixas em calorias ou mal equilibradas podem levar
a um déficit proteico”, acrescenta Pigott.
Proteínas desempenham um papel fundamental em nosso organismo.
Nossos músculos, cartilagens, ligamentos, pele, cabelo e unhas são
compostos basicamente de proteína, constituída a partir de cadeias de
aminoácidos.
Moléculas menores de proteína são talvez menos conhecidas, mas vitais
para o funcionamento do corpo.
Entre as proteínas mais famosas, por exemplo, estão hemoglobina,
anticorpos, certos hormônios (como a insulina) e enzimas.
Tudo isso faz com que o uso dessas cadeias de aminoácidos não apenas
seja vital para o aporte de energia, mas também para a reparação de
tecidos, a oxigenação do corpo e o sistema imunológico.
Se nosso corpo não recebe a quantidade de proteína de que precisa,
começará a lançar sinais de alerta.
Confira alguns deles:
1. Fadiga
A fadiga excessiva ou crônica é o primeiro sinal de falta de proteína.
Dado que a deficiência desse composto é derivada diretamente de uma
dieta pobre em calorias, o organismo não conta com energia suficiente
para cumprir tarefas rotineiras.
“Há um mínimo necessário de proteínas que devemos consumir todos os dias
para o corpo funcionar corretamente”, afirmou a nutricionista Elizabeth
González, porta-voz das Associação de Nutricionistas de Madri, na
Espanha.
Recomenda-se comer entre 0,7 e 0,8 gramas de proteína por quilo de peso.
Por isso, um homem de 80 quilos deveria consumir 64 gramas de proteína
por dia.
Em média, homens devem consumir 55 gramas, e mulheres, 45 gramas, todos
os dias.
“Mas depende da atividade física da pessoa ou se ela está em fase de
crescimento. A quantidade necessária de proteína pode ser maior”, afirma
Aisling.
2. Fraqueza de cabelo e pele
Um segundo alerta sobre a falta de proteína no corpo é queda ou
enfraquecimento do cabelo.
As proteínas mantêm o cabelo saudável e em fase de crescimento.
Isso porque o cabelo - e os folículos que os sustentam - são feitos de
proteína e a falta dessas moléculas os enfraquece.
Essa é uma das razões pelas quais os cabelos de pessoas que fazem dietas
com baixo teor proteico tendem a crescer mais lentamente. E, em casos
extremos, pode ocorrer queda dos fios.
Assim como o cabelo, as unhas e a pele também dependem das proteínas
para se regenerar.
A pele é composta por três tipos de proteínas: colágeno, elastina e
queratina.
“Níveis baixos dessas proteínas causam rugas e deixam a pele mais fina”,
explica em seu site a Clínica Cleveland, nos Estados Unidos.
3. Perda de massa muscular
Um terceiro sintoma está relacionado aos músculos. A insuficiência de
proteína reduz a massa muscular, impedindo-nos de realizar atividades
físicas.
Estes distúrbios musculares, em um nível muito avançado, podem causar
câimbras irritantes.
“Esse tipo de proteína que também comemos parece desempenhar um papel
central em evitar a perda muscular”, diz a nutricionista Jennifer K.
Nelson, no site da Clínica Mayo.
Isto é importante, por exemplo, no caso de pessoas idosas, que tendem a
perder massa muscular com o avanço da idade.
As proteínas que comemos têm vários tipos de aminoácidos.
“Estudos mostram que o aminoácido leucina preserva a massa muscular”,
afirma Jennifer K. Nelson.
A leucina é mais encontrada em alimentos de origem animal, como carne
bovina, cordeiro, carne de porco, frango, peixe, ovos ou laticínios.
Também é encontrada na soja e, em menor grau, em outros grãos, nozes e
sementes.
4. Doente com frequência
Um quarto alerta importante sobre a falta de proteína é a frequência com
que ficamos doentes.
“É impossível para o sistema imunológico funcionar sem proteínas. Até
porque os anticorpos são estruturas formadas por proteínas”, diz
González.
De fato, uma das principais funções das proteínas é apoiar o sistema
imunológico.
Neste sentido, uma dieta pobre em proteínas nos expõe mais facilmente a
infecções e resfriados.
5. Digestão problemática
E, finalmente, a falta de proteínas também está associada a problemas
digestivos, como gás e constipação.
Para uma boa digestão, os aminoácidos são fundamentais e seus níveis são
diretamente proporcionais à nossa ingestão de proteínas.
Barato e acessível
As proteínas são, em grande parte,
associadas ao consumo de alimentos de
origem animal, como carne, leite, queijo,
ovos ou peixe.
No entanto, há várias alternativas aos adeptos da dieta
vegetariana ou vegana.
Lentilhas, soja, grão de bico, amêndoas, amendoins ou
ervilhas são apenas alguns dos alimentos fáceis de serem
obtidos e cujos preços são quase sempre acessíveis.
Quinoa e soja são dois grãos, por exemplo, que contêm todos
os aminoácidos
essenciais. |
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