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A agenda
das mudanças

    Esta é a primeira edição da revista Por Sinal des­  cidade de Porto Alegre. O Sindicato patrocinou duas
de a posse do novo presidente do Banco Central e        oficinas do Fórum, em que palestrantes como Carlos
após a aprovação da PEC 53-A, emenda constitucio­       Eduardo de Carvalho, Paulo Nogueira Batista Jr. e
nal que busca viabilizar a regulamentação do sistema    Reinaldo Gonçalves discutiram e aprofundaram ques­
financeiro prevista no artigo 192 da Constituição Fe­   tões que envolvem o Banco Central, o sistema finan­
deral. Momento oportuno para conhecermos um pouco       ceiro e a ordem econômica mundial. Importante re­
do pensamento do Sr. Henrique Meirelles sobre as        flexão sobre esses assuntos pode ser lida em artigo
políticas monetária e cambial, o papel do BC no pro­    assinado por Paulo Nogueira Batista Jr. nesta edição.
cesso de desenvolvimento do País e as mudanças
que ele pretende promover na estrutura e organiza­           Além da, regulamentação do sistema financeiro,
ção do Banco para o cumprimento de sua missão           outros temas estão na ordem do dia da Nação. O
institucional e o atendimento das demandas da soci­     deputado federal baiano Nelson Pellegrino, líder do
edade brasileira.                                       Partido dos Trabalhadores na Câmara, assina artigo que
                                                        sugere a agenda a ser enfrentada pelo Parlamento,
     Dando continuidade à discussão sobre a estrutura   com itens como as reformas previdenciária, tributá­
do Banco Central e a necessidade de uma presença        ria, trabalhista e política. O debate sobre a reforma da
mais efetiva da autoridade monetária em todo o ter­     Previdência é premente. Dois artigos tratam da maté­
ritório nacional, trazemos a partir deste número uma    ria neste número. Nas próximas edições essa discus­
série de matérias que irão focalizar cada uma das re­   são será aprofundada.
presentações regionais do BC. Começamos pela uni­
dade de Salvador, fortemente abalada pela malfada­           Infelizmente, é tempo de guerra. Suas primei­
da reestruturação da autarquia em 1999. Proeminen­      ras conseqüências são de inconfundível horror: per­
tes vozes do meio político e empresarial baiano criti­  das humanas, dor, sofrimento. Os desdobramentos
cam a situação atual do BC, como o deputado Walter      são inevitáveis: mais violência, novos conflitos, incer­
Pinheiro (PT-BA), que aponta os erros da reestrutura­   tezas econômicas e políticas. Mais do que nunca, o
ção e a urgência no combate ao crime organizado. A      Brasil e sua vulnerabilidade externa são postos à
próxima regional a comparecer à revista será a de       prova, e Por Sinal irá enfocar no próximo número
Belém.                                                  os reflexos imediatos da guerra na economia do País.
                                                        Vale aqui registrar que talvez nada seja mais forte ele­
     Registramos também a participação ativa do Sinal   mento de unidade nacional do que a repulsa à vio­
no Ili Fórum Social Mundial, realizado em janeiro, na   lência do Estado e o apelo à paz entre os povos.

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