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FUNCIONALISMO PÚBLICO

Governo                                                                                 Já numa audiência pública sobre
                                                                                    política salarial para as carreiras do Es-
fseachlaa arcioardl o                                                               tado, no dia 20 do mesmo mês, o se-
                                                                                    cretário reafirmou estar muito próxima
Enfim, prevaleceu o bom senso. Na pauta de                                          a institucionalização de uma mesa de
discussão para 2013, a mesa de negociação                                           negociação salarial, com definição de
salarial e a regulamentação do direito de greve                                     data-base inclusive, e a regulamenta-
dos servidores                                                                      ção do direito de greve dos servidores
                                                                                    públicos. “Acho que estamos amadu-
Na queda de braço com dez carreiras       BC e os auditores-fiscais da Receita Fe-  recendo essa discussão e vamos dar
do serviço público – entre as quais, as   deral, finalmente aceitaram o acordo,     um salto de qualidade em 2013”, disse.
dos servidores do Incra, do Banco Cen-    depois de uma cuidadosa avaliação da
tral e da Receita Federal – e os agentes  conjuntura. “Até o Supremo Tribunal Fe-    Recuo prudente
da Polícia Federal que não aceitaram o    deral aderiu à proposta de 15,8% do       As mudanças de humor e compor-
reajuste de 15,8% parcelados em três      governo”, disse Vilson Romero, diretor    tamento dos integrantes do governo
anos, quem cedeu primeiro parece ter      de Seguridade Social e Justiça Fiscal do  foram percebidas pelos funcionários
sido o governo federal, que mudou o       Sindifisco Nacional, acrescentando que    do BC, que aprovaram a proposta do
discurso, garantindo, assim, o acordo     a luta, este ano, é pela reestruturação   reajuste parcelado, com base na pro-
com todas as carreiras.                   da carreira e por uma brecha legal que    messa de concessão de reajuste no
                                          permita ativos, aposentados e pensio-     subsídio dos especialistas, nas mesmas
    A presidente Dilma Rousseff re-       nistas receberem um plus ao subsídio.     datas e em patamares não inferiores
abriu o prazo para que as entidades                                                 aos concedidos às carreiras de gestão
que não assinaram acordo salarial             O primeiro gesto de trégua foi dado   governamental.
em 2012 para os anos 2013, 2014           pelo secretário de Relações do Traba-
e 2015 submetessem novamente às           lho do Ministério do Planejamento,            O recuo do governo foi conside-
suas respectivas assembleias a propos-    Sérgio Mendonça, ao assegurar que as      rado prudente pelos especialistas do
ta de 15,8%, em três parcelas de 5%,      negociações com todas essas carreiras     Departamento Intersindical de Asses-
e muitas delas, como os servidores do     seriam retomadas no início de 2013.       soria Parlamentar (Diap). “É o reco-
                                                                                    nhecimento de que houve falhas na
                                                                                    condução do processo de negociação”,
                                                                                    disse o analista político e diretor de Do-
                                                                                    cumentação do Diap, Antônio Augusto
                                                                                    de Queiroz, o Toninho.

                                                                                        Na avaliação do especialista do
                                                                                    Diap, os servidores rejeitaram o acor-
                                                                                    do mais pela maneira com que foram
                                                                                    tratados pelo governo durante toda a
                                                                                    negociação, que, aliás, se deu em prazo
                                                                                    muito curto e com muita provocação,
                                                                                    do que propriamente pela questão
                                                                                    financeira. Sérgio da Luz Belsito, pre-
                                                                                    sidente do Sinal, lembrou que os re-

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