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CARTA DO CONSELHO  Em compasso de espera

                        O segundo ano da administração Lula avança, os      administrativa do Banco.
                   resultados esperados não aparecem, e o cumprimento           No apagar das luzes de 2003, a comunidade ba-
                   das expectativas de um governo de mudanças se
                   esvaem a cada balanço de gestão e a cada indicador       ceniana perdeu uma de suas mais ilustres figuras. A
                   social ou econômico que vem a público.                   Por Sinal, nas palavras de José Carlos Costa, rende sua
                                                                            homenagem a Paulo Roberto de Castro, incansável
                       Apontado como responsável por várias mazelas         batalhador das causas do funcionalismo.
                   do País, o servidor – e o serviço público – continua
                   sua via crucis, satanizado sistematicamente até pelo         Com este número, a revista chega à décima edi-
                   governo que, outrora oposição, prometia valorizá-lo.     ção, na certeza de estar cumprindo com os objetivos
                                                                            para os quais foi criada: contribuir para o debate de
                       O propalado espetáculo do crescimento ainda é        temas próprios ou potenciais de um banco central e
                   promessa. A economia não cresce, empregos não são        promover a valorização profissional dos funcionários
                   gerados, as políticas sociais não mostram o retorno es-  da Casa.
                   perado e a dívida – sempre ela – não pára de crescer.
                   Enquanto isso, os bancos, sem muito esforço, seguem
                   sua trajetória intocável de lucros, batendo todos os
                   recordes anteriores, captando dinheiro dos usuários
                   para financiar, principalmente, os cofres do Tesouro.

                       E, porque o governo chegou a este ponto? Quem
                   responde é o Senador Jefferson Peres (PDT-AM), em
                   entrevista à Por Sinal: “O PT não se preparou para ser
                   governo. Não tinha um projeto de Brasil”.

                       Atravessando essas turbulências, os servidores do
                   BC mostram como a Instituição cumpre a sua missão
                   na Regional de Porto Alegre, a despeito das conse-
                   qüências dos erros decorrentes da descontinuidade

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