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CARTAS “Renovados cumprimentos pela série de Charge de
impecáveis edições que temos acompanha- João Marcus
do na revista Por Sinal. Projeto gráfico de Monteiro,
primeira qualidade associado a reportagens membro do
muito bem apuradas e com viés crítico Conselho
incomum na grande imprensa. Ponto para Editorial da
o Sinal. Aplausos à ótima capa da edição Por Sinal e
número 9, com uma arte sutil e expressiva colaborador do
para ilustrar o tema da reforma sindical. Apito Brasil,
Também mereceram destaque as entre- boletim editado
vistas com Tarso Genro e Paulo Paim, que pelo Sinal
deixam clara certa inquietação com o atual
momento econômico e as heranças com
as quais trabalha o governo federal, nesse
movimento pró-reformas.”
Guilherme Diefenthaeler
Jornalista, Joinville - SC
“(...) Foi com um misto de revolta e tristeza o governo se encontra com a sociedade, porque havia alguns pontos que iriam de
que me deparei com as duas entrevistas conflita a dialoga com ela”. Que sociedade, encontro à sua consciência, como a taxa-
publicadas na Por Sinal nº 9. São matérias cara-pálida? Quando e onde existe esse de- ção de inativos.
desse calibre, entre outros motivos, que me bate? Para começar, o tal conselho – onde No final de novembro, porém, o senador
trazem a urgência de rever minha filiação o povo nada apita – não decide nada, não mudou radicalmente de posição e apoiou
a esse sindicato. Então os senhores dão resolve nada, não muda nada, enfim, não integralmente o texto original da reforma
espaço a um reconhecido traidor da causa faz nada. Todo mundo sabe que é um órgão da Previdência. Como a revista já estava
trabalhista que não teve a dignidade, a sem qualquer função na engrenagem do na gráfica, o SINAL não pôde incluir
coragem, a hombridade e a decência de, governo. Será que só vocês não sabem? E nenhum comentário sobre a guinada de
assumindo o custo da atitude, votar contra além de tudo, as perguntas foram direcio- Paim.
essa famigerada “reforma” da Previdência? nadas de modo a permitir ao senhor Tarso Quanto ao ministro Tarso Genro, é impor-
Preferiu ficar curtindo as delícias de ser, no Genro dar o seu recado, fazer propaganda tante que se diga que o SINAL não o en-
concerto mundial, componente do grupo falsa daquilo que nem ele nem ninguém trevistou porque concorda com sua análise
parlamentar mais bem pago? E quanto ao estão fazendo. (...)” da realidade brasileira. O entrevistou, sim,
senhor Tarso Genro, outro nefando traidor porque reconhece em Tarso Genro uma
de todo o funcionalismo público que, Raimundo Pinheiro, Brasília-DF cabeça pensante e um destacado quadro
ingenuamente, apoiou durante anos o então político deste governo. Imbuído, evidente-
incipiente PT? Eu pergunto: por que esse ■ Compreendemos a sua indignação, mente, do espírito democrático que deve
espaço concedido ao governo federal com da qual partilhamos, pela aprovação nortear a atuação sindical.
recursos meus e de outros colegas? Espaço da reforma da Previdência. No entanto,
concedido para uma propaganda mentirosa gostaríamos de esclarecer que a entrevista Sérgio da Luz Belsito
que procura recriar uma realidade onde só com o senador Paulo Paim foi realizada em Presidente do Sinal
vivem os apaniguados do PT? Agora vocês novembro passado, quando boa parte das
vão querer me convencer que o reconhe- entidades ainda apostava suas fichas no
cidamente inútil Conselho de Desenvolvi- poder de negociação do senador. Naquele
mento Econômico e Social tem algum tipo momento, Paim deixou bem claro que não
de valia na sociedade? E o incrível cinismo daria seu voto ao texto original da reforma
do senhor Tarso Genro quando diz que o
conselho “é um espaço através do qual
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