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REGIONAL SALVADOR  Bahia reivindica a
                   volta de um BC
                   atuante no Estado

                   Por tudo o que representa para o Nordeste e para o Brasil,
                   a Bahia não merecia sofrer esse revés: passados quatro anos
                   da reestruturação de 1999, a representação regional do
                   Banco Central em Salvador é, a despeito do enorme esfor-
                   ço dos servidores remanescentes, a imagem da inoperância
                   e do desserviço. Esvaziada em algumas funções vitais –
                   como a fiscalização e a área de câmbio, transferidas para
                   outras praças –, a regional baiana é hoje uma repartição
                   protocolar, bem distante da dinâmica delegacia que ope-
                   rou a plenos pulmões até 1999.

                       Diversos segmentos da econo-      do Avena Filho, secretário de Pla-     tado exige cada vez mais que órgãos
                   mia baiana, a maior do Nordeste e     nejamento, Ciência e Tecnologia do     atuantes e eficientes como o BC es-
                   a sexta do País, reivindicam do novo  Estado da Bahia.                       tejam presentes para colaborar no
                   governo a volta ao Estado dos ser-                                           dia-a-dia das atividades empresariais.
                   viços retirados em 1999. “Temos           Entidades representativas da eco-  Acho que o retorno das atividades
                   hoje mais de 300 protocolos de        nomia baiana fazem coro com o se-      antes exercidas em Salvador pelo BC
                   empresas que estão se instalando      cretário. Para o presidente da Fe-     já virá tarde.” Segundo o presidente
                   em solo baiano. Só de calçados são    deração do Comércio, Carlos            da Bolsa de Valores da Bahia, Sergipe
                   49. É fundamental para esses no-      Fernando Amaral, a reestruturação de   e Alagoas, Walter Fernandez Filho, a
                   vos empreendimentos um escritó-       1999 veio na contramão de um novo      reestruturação só trouxe transtornos:
                   rio atuante do BC. Proponho uma       ciclo de desenvolvimento econômi-      “Resolvíamos todos os problemas, a
                   nova reestruturação, com o retorno    co do Estado: “Eu acho que o cresci-   atuação do Banco Central era dinâ-
                   de todos os serviços, para que o BC   mento do Estado da Bahia e da cida-    mica, didática. Depois da transferên-
                   seja um suporte do crescimento        de de Salvador não aconselhavam        cia de serviços para outras praças, vi-
                   econômico do Estado”, diz Arman-      jamais a retirada desses serviços. O   rou uma confusão. Há assuntos que
                                                         desenvolvimento econômico do Es-

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